Aeroportos: "Puxadinhos" serão mantidos em funcionamento por até 15 anos
Os módulos operacionais provisórios, conhecidos como "puxadinhos" nos aeroportos em que foram instalados, vieram para ficar. Oito módulos já começaram a funcionar. Outros oito estão em construção ou em fase de estudos para implantação, segundo a Infraero.
O presidente da estatal, Gustavo do Vale, diz que eles são soluções "confortáveis" para os passageiros e, por isso, serão mantidos em funcionamento mesmo após obras de expansão terem sido concluídas.
Os módulos operacionais têm vida útil estimada de até 15 anos, segundo Vale. "Eles foram usados na Alemanha e na África do Sul", disse, referindo-se aos países que sediaram as duas últimas Copas do Mundo. Muitos, como o de Goiânia, ganharão outro uso depois que as ampliações de seus terminais principais terminarem. O módulo de Goiânia, por exemplo, deverá ser destinado à aviação geral depois que o novo terminal de passageiros estiver pronto. "Não há por que deixar de usar essas instalações."
Entre abril de 2009 e dezembro de 2011, oito módulos entraram em operação nos seguintes aeroportos: Florianópolis, Brasília, Campinas, Guarulhos, Vitória, Goiânia, Cuiabá e Porto Alegre. Eles são usados para finalidades diferentes, como embarque, desembarque ou área de check-in. Outros cinco estão em construção, em Brasília, Imperatriz, Teresina, Macapá e Juazeiro do Norte. Mais três se encontram em fase de estudos: Confins, Ilhéus e São José dos Campos.
Uma das maiores preocupações de Vale, nos preparativos para a Copa do Mundo, é com a chegada de jatos executivos aos aeroportos brasileiros nas semifinais (em Brasília e Belo Horizonte) e na final (no Rio de Janeiro) do evento. "Podemos distribuir os voos, até pela madrugada, caso seja necessário. O problema são os pátios de aeronaves", afirmou. Ou seja, onde ficarão os aviões privados enquanto seus donos - grandes empresários, delegações estrangeiras e até chefes de Estado - estiverem no país.
Por isso, a Infraero estuda como acomodar os jatinhos e não descarta nem mesmo o uso de bases aéreas militares. Só não vale a pena investir em ampliação dos pátios, acredita Vale, para uns poucos dias de utilização.
"Uma coisa é investir em novos terminais que serão usados na Copa, mas que têm como objetivo principal atender à demanda crescente de passageiros. Outra coisa é investir em uma obra para ser usada uma única semana."
Fonte: / NOTIMP