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EUA terão força militar mais enxuta e com foco na Ásia



Geoff Dyer | Financial Times .

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou dia 05 planos para tornar as Forças Armadas americanas "menores e mais enxutas", concentradas nas potenciais ameaças da China e do Irã e com uma presença reduzida na Europa.

Em uma rara visita ao Pentágono, Obama disse que os EUA precisam repensar sua estratégia militar, que dará mais ênfase no poder naval e aéreo, com uma redução do tamanho do Exército, por causa da crise fiscal e da retirada de tropas do Iraque e do Afeganistão.

"Estamos agora virando a página de uma década de guerra", disse. "Precisamos renovar nossa força econômica em casa, já que ela é a base da nossa força no mundo."

No entanto, ele observou que os EUA continuarão gastando mais com as Forças Armadas do que as outras dez maiores potências militares do mundo juntas.

A nova estratégia enfatiza o foco do governo Obama na região da Ásia-Pacífico nas próximas décadas, junto com o Oriente Médio.

Obama e outras autoridades não mencionaram diretamente a China, mas o documento de estratégia é mais duro ao descrever potenciais ameaças militares de Pequim, a certa altura citando a China junto com o Irã como um dos principais desafios.

"Estados como a China e o Irã continuarão buscando meios assimétricos de conter nossas capacidades de projeção de força", afirma o documento. E também observa: "No longo prazo, o surgimento da China como potência regional terá o potencial de afetar a economia dos EUA e nossa segurança de várias maneiras".

Autoridades da defesa americana rejeitaram críticas de que os EUA estariam abandonando uma estratégia que permite ao país lutar duas grandes guerras ao mesmo tempo. Mas elas reafirmaram que as forças terrestres não foram projetadas para conduzir as campanhas de contrainsurgência desencadeadas no Iraque e no Afeganistão.

O posterior recuo do Exército e de partes dos fuzileiros navais poderá ter grandes implicações para a presença militar dos EUA na Europa, que, segundo disse Leon Panetta, secretário da Defesa, "vai se adaptar e evoluir".

A nova estratégia militar está baseada no corte de US$ 487 bilhões de gastos que o Pentágono terá que fazer na próxima década.

Cortes adicionais de US$ 500 bilhões poderão ser forçados ao Pentágono se o Congresso americano não chegar a um acordo quanto a outros planos de redução do déficit fiscal. Panetta disse que esses cortes extras ameaçarão "interesses de segurança nacional dos EUA muito importantes".

Ciente das prováveis críticas que receberá dos republicanos, o presidente Obama citou um conselho do presidente Dwight Eisenhower, um republicano, de que os gastos com defesa devem ser equilibrados em relação a outros programas nacionais importantes.

Mas Buck McKeon, o deputado republicano que é presidente da Comissão das Forças Armadas na Câmara, descreveu as mudanças como uma "estratégia que vem de trás para uma América que ficou para trás".

Fonte: / NOTIMP









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