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British Airways pode definir futuro da American Airlines



GINA CHON e SUSAN CAREY .

Alguns interessados em comprar a American Airlines estão buscando o apoio — e talvez um investimento — da British Airways para uma possível oferta, disseram pessoas a par da questão.

A firma de private equity TPG Capital, que estuda investir na matriz da America Airlines, a AMR Corp., entrou em contato com a International Consolidated Airlines Group SA, a controladora da British Airways e da Iberia Líneas Aéreas de España, disseram algumas das pessoas.

A TPG espera determinar se a British Airways estaria interessada em dar sua bênção à oferta da TPG ou até participar de um investimento da firma, disseram as pessoas.

O apoio da British Airways é importante para uma aquisição da AMR porque a companhia britânica se beneficiaria do sucesso da American Airlines. As duas são as principais integrantes da aliança mundial de companhias aéreas Oneworld, que permite aos membros intercambiar voos e clientes, e em alguns casos oferecer viagens ao redor do mundo. As companhias e a Iberia também têm uma joint venture transatlântica em que compartilham a receita e determinam juntas o preço e o cronograma dos voos. Acordos como esses permitem às companhias aéreas se unirem sem esbarrar nos vários obstáculos existentes para as fusões transnacionais do setor.

A US Airways Group Inc. também tem interesse em uma fusão com a AMR, que pediu concordata no fim de novembro. A US Airways não negociou diretamente com a British Airways, mas está preparando um argumento explicando como uma fusão dela com a AMR ajudaria a British Airways, aumentando a presença da American Airlines nas cidades do leste dos Estados Unidos em que ela está perdendo mercado para concorrentes que acabaram de fundir-se, disseram outras pessoas familiarizadas com a questão.

A British Airways não está negociando com os interessados na AMR, disseram as pessoas a par da situação. "A American é muito importante e um forte parceiro […] e sempre faremos o que pudermos para apoiá-la enquanto ela passa pelo processo de concordata", disse uma porta-voz da matriz da British Airways.

Os executivos da AMR já afirmaram que a companhia emergirá da concordata como uma empresa sadia e independente. O processo pode demorar pelo menos um ano.

Qualquer oferta pela AMR ainda deve demorar meses e pode depender de a companhia conseguir usar a recuperação judicial para reduzir seus custos trabalhistas, eliminar aeronaves indesejadas e reduzir o preço dos contratos com fornecedores, disseram pessoas com conhecimento da questão.

A Oneword é a menor das três alianças mundiais de companhias aéreas, e precisa da American para ter uma presença significativa nos EUA. Entre os outros integrantes da aliança estão a Japan Airlines Corp., a LAN Airlines SA — que está se fundindo com a TAM SA —, a Cathay Pacific Airways Ltd. e a Qantas Airways Ltd.

As três alianças enfrentam problemas com a rotatividade dos integrantes e o número menor de companhias de boa qualidade para atrair. A Oneworld perdeu um membro no México no ano passado, quando a Cia. Mexicana de Aviacíon fechou as portas. Quando a LAN e a TAM concluírem o processo de fusão, nos próximos meses, a nova empresa terá de escolher entre ficar na Oneworld ou se mudar para a Star Alliance, da qual a empresa paulista é membro.

A Delta Air Lines Inc. também estuda uma possível oferta pela AMR mas não está tentando angariar o apoio da British Airways, disseram algumas das pessoas. A Delta também pode tentar atrair a American Airlines para a aliança SkyTeam, disseram essas pessoas.

Fonte: The Wall Street Journal









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