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Brasil e Colômbia vão fazer plano bilateral de fronteiras para combater o crime

Daniella Jinkings .

O Brasil e a Colômbia vão criar um plano bilateral de fronteiras para combater o crime organizado. A medida foi discutida dia 17 pelos ministros da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón Bueno, e do Brasil, Celso Amorim, em Brasília. A delegação colombiana está em visita oficial ao Brasil com o objetivo de estreitar as relações de cooperação entre os dois países na área militar.

De acordo com Amorim, uma comissão será criada para implementar o plano conjuntamente. “Estamos discutindo a implementação desse plano conjunto. Já havia no passado a troca de informações, mas agora será feito de uma maneira mais transparente”. A primeira reunião técnica da comissão deve ocorrer em fevereiro ou março.

A consolidação da indústria de defesa sul-americana e o tema do combate a organizações que praticam crimes transnacionais também serão levados pelos ministros à União de Nações Sul-Americanas (Unasul). “Essa luta contra o narcotráfico, tráfico de armas e explosivos, num esforço comum seremos mais fortes”, disse o ministro Juan Carlos Pinzón Bueno.

Outro tema tratado durante a reunião foi a compra de lanchas colombianas pelo governo brasileiro. De acordo com o ministro Celso Amorim, para um país como o Brasil a tecnologia fluvial será de grande importância. Além disso, a Colômbia compra aviões tucanos de transporte de tropas, de fabricação brasilweira, há alguns anos. Uma comitiva colombiana irá a São José dos Campos para discutir o ingresso no projeto do KC-360, um avião a jato que será projetado pela Embraer.

“Não se trata de um escambo. São formas de cooperação que podem ser exploradas. Vamos em fevereiro à Colômbia avaliar essas lanchas. Há também um projeto conjunto do navio patrulha fluvial. Isso também é algo que deve ser tratado imediatamente”, disse Amorim.

Além da cooperação militar e do patrulhamento das fronteiras, os ministros também discutiram parcerias no âmbito industrial. Segundo o ministro colombiano, o país quer avançar no tema de ciência e tecnologia. “O Brasil é um grande parceiro nessa área,”, disse Bueno.

Os temas debatidos na reunião de hoje devem ser levados à reunião de ministros de Defesa e Justiça da Unasul, prevista para ocorrer nos dias 3 e 4 de maio, em Cartagena, na Colômbia.

Fonte: / NOTIMP

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Brasil e Colômbia fecham parceria

Edson Luiz

O governo da Colômbia manifestou interesse em participar do projeto de construção do avião militar KC-390, desenvolvido pela Embraer em conjunto com Portugal, Argentina e República Tcheca. Ontem, os ministros da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón Bueno, e brasileiro, Celso Amorim, assinaram um acordo para que as duas nações troquem tecnologias para o setor. O Brasil está interessado em um navio e barcos para a Amazônia, enquanto que Bogotá, além da aeronave, quer participar do Centro Integrado de Informações, para combater o crime organizado nas fronteiras de seu país, além do Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant).

O encontro entre Amorim e Pinzón foi o primeiro de uma série já agendada entre os dois países, sendo que o próximo ocorrerá em Cartagena, quando haverá uma reunião de ministros da Defesa e da Justiça da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). "No ano passado, a presidente Dilma Rousseff lançou o programa de Defesa que agora estamos implementando com os acordos binacionais com a Colômbia", afirmou Amorim, ressaltando que os dois países também vão negociar a cooperação também para a indústria da defesa. "A nossa visão de América do Sul é a união. Devemos olhar mais a questão da defesa", observou o ministro.

Pinzón disse que a Colômbia tem grande interesse em entrar no projeto de desenvolvimento do KC-390, um jato de transporte de tropas e cargas militares que está sendo realizado pela Embraer, ao custo de R$ 800 milhões e será usado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Além da participação de Portugal, República Tcheca e Argentina na empreitada, o governo brasileiro procura outros parceiros. "O Brasil tem iniciativas de tecnologias avançadas em aviões de transporte militar e podemos fazer esse desenvolvimento em conjunto", afirmou Pinzón, citado como exemplos, os caças Tucano e Super Tucano, que também foram construídos pela Embraer e comprados pela Colômbia.

Copa de 2014

O ministro brasileiro ressaltou que a entrada da Colômbia no projeto KC-390 não representa apenas uma troca pela tecnologia de navios e barcos que são desenvolvidos no país vizinho. "Já avançamos e passamos da fase de requisitos. Vamos entrar agora no projeto e depois na construção (das navegações). Há uma disposição política", ressaltou Amorim. O governo colombiano pretende adotar medidas para viabilizar sua participação no projeto nos próximos seis meses. Além disso, Pinzón propôs a criação de um Centro Integrado de Informações para combater o crime organizado, que teria uma vocação regional, mas seria instalado no Brasil. "Esse trabalho na fronteira é muito importante, por isso deve ser criada uma rede de inteligência, especialmente na Amazônia", justifica o ministro.

Fora o intercâmbio tecnológico, Brasil e Colômbia farão ações militares em conjunto. Pinzón demonstrou interesse também na capacitação das Forças do país em operações de paz — hoje o Brasil tem um dos efetivos mais preparados nessa área em todo o mundo. O governo colombiano ofereceu a Amorim ajuda na área de inteligência, durante a realização da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, e pediu para ter observadores nos dois eventos. Pinzón ainda se reuniu reservadamente com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O teor do encontro não foi divulgado.

Fonte: / NOTIMP









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