Tráfego Aéreo: Nova setorização no Centro-Oeste, Sul e Sudeste aumentará a capacidade das operações
Com a medida, já a partir de 17 de novembro deste ano, as chamadas FIR Brasília e Curitiba – que abrangem aproximadamente o espaço aéreo sobrejacente às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país e representam 78% do movimento de aeronaves no Brasil – perceberão respectivamente um aumento em suas capacidades da ordem de 47,77% e 39%.
O resultado expressivo é fruto de um importante estudo desenvolvido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), CINDACTA I e CINDACTA II, com vistas ao aprimoramento das operações, antecedendo-se à alta de fluxo de tráfego aéreo recorrentemente prognosticada para o final de ano.
A oportunidade se dá, sobretudo, em face do processo de implementação da Navegação Baseada em Performance (PBN) – conceito associado à navegação aérea por satélite que, dentre outros benefícios, reduz e otimiza o percurso das rotas – nas terminais aéreas de São Paulo e Rio de Janeiro, cuja conclusão está prevista para 2013.
Isso porque é indispensável que todas as alterações previstas para o tráfego dessas terminais – que respondem por uma porção significativa do fluxo brasileiro – sejam suportadas, do mesmo modo, pela circulação aérea das FIR Brasília e Curitiba, por meio de rotas que atendam às chegadas e às saídas de aeronaves nas terminais do Rio e de São Paulo.
A Nova Setorização emprega conceitos de setorização dinâmica e vertical. A primeira consiste, em síntese, na flexibilização da abrangência de determinados setores, submetidos, por exemplo, a picos de circulação aérea. Assim, em um dado momento do dia, estes setores podem ser alargados ou restritos a circulações estratégicas, alterando-se os seus limites laterais.
Já a setorização vertical vai além da convencional subdivisão horizontal do espaço aéreo, ao agrupar os setores segundo seus níveis de voo (altitudes). Conclusão? Determinadas regiões de grande fluxo de chegada e saída de aeronaves, em médias e baixas altitudes, como nas terminais aéreas, são separadas dos níveis de voo mais altos, onde as aeronaves apenas percorrem suas rotas e demandam um serviço diverso.
O DECEA, assim, antecipa-se à alta temporada de tráfego aéreo prognosticada para o fim do ano, provendo 25% de sobra de capacidade nessas regiões, ao permitir maior flexibilidade dos setores e otimizar os trabalhos dos controladores dos Centros de Controle de Área de Brasília e Curitiba. (Matéria publicada em 22 de setembro de 2011, no portal www.fab.mil.br)
SAIBA MAIS:
Fonte: Agência Força Aérea/DECEA