Passagem aérea sobe 56% e lidera ranking inflacionário
Arícia Martins .
Os itens que figuram como vilões da inflação em 2011 não trazem grande surpresa. De janeiro a novembro, as maiores pressões sobre os preços vêm de refeição, empregado doméstico, ônibus urbano, aluguel residencial e gasolina, quando se considera o peso de cada um no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Levando-se em conta apenas as variações absolutas, sem ponderações, o ranking da inflação fica muito mais curioso. A liderança fica com as passagens aéreas, que acumulam avanço de 56,1% no período.
Após longo período de forte competição entre companhias aéreas - que pressionou a redução nos preços das passagens -, os bilhetes estão retornando a seu patamar, já que o ajuste para baixo não era sustentável, diz o economista Thiago Curado, da Tendências Consultoria.
"A competição bastante intensa começou a causar problemas financeiros para essas empresas, que neste ano estão recuperando seus preços", diz o analista, para quem os reajustes devem permanecer em 2012. "A passagem aérea deve continuar figurando entre as maiores variações positivas no IPCA ao longo do próximo ano."
Em 2009 e 2010, os preços das passagens registraram queda entre janeiro a novembro, na comparação com o ano anteiro, lembra Curado. No ano passado, a deflação foi de 4,14% e em 2009, houve recuo mais acentuado, de 10,22%.
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Foto: Mario Ortiz