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Novela de atrasos de voos se arrasta há cinco anos no país



Ana Paula Machado .

Os atrasos e cancelamentos nos aeroportos brasileiros no final de ano viraram regra depois do acidente da Gol Linhas Aéreas, em setembro de 2006. Naquele ano, os controladores de voo começaram a se organizar para promover uma greve branca, que seria uma forma de pressionar o governo a atender reivindicações por melhores salários, menor carga horária e a contratação de mais profissionais.

Entretanto, como a maioria dos controladores, por serem militares, eram subordinados à disciplina da Força Área Brasileira (FAB) e não aderiram à greve. Além disso, a FAB negava que tal reunião tivesse existido, mesmo assim, a greve branca ou operação-padrão foi iniciada. Naquele ano, o que se via nos aeroportos era um total descaso com os passageiros, tanto dos órgãos controladores, como das companhias aéreas.

Em média, as pessoas ficavam cerca de 6 horas esperando o embarque e, na maioria das vezes, os voos eram cancelados e a companhia não se via obrigada a oferecer estadia aos passageiros. Resultado: havia gente se amontoando nos bancos e nos chão dos aeroportos brasi-leiros, uma cena que viria a se repetir pelos próximos cinco anos. Os “apagões” são causado pela falta de investimentos na infraestrutura aeroportuária no Brasil.

O Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a realizar auditoria nos órgãos controladores e constatou falta de liberação de recursos para o setor. “A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no Ministério da Defesa, no Comando da Aeronáutica, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e na Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) concluiu que a falta de planejamento e a insuficiência de recursos são as principais causas dos atrasos e cancelamentos de voos, e também dos problemas nos aeroportos”, publicou na época o TCU. A situação não mudou muito nos últimos cinco anos.

E com as festas de fim de ano é comum o aumento do número de passageiros nos aeroportos brasileiros, assim as companhias e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) montam um plano de contingências para minimizar o caos que se instala nessa época. Em 2010, a Anac publicou a resolução 141, que obriga as empresas a prestarem assistência - pagar estadia, gastos de alimentação e telefone, por exemplo, além de realocarem os passagei- ros em outros voos, nos casos de atrasos e cancelamentos. Além disso, devem reembolsar o valor pago pela passagem.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Mario Ortiz









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