FAB utiliza tecnologia para combater crimes
Tecnologia. É essa a principal arma da Força Aérea Brasileira na Operação Ágata 3. Dos aviões de caça aos óculos de visão noturna utilizados pelos soldados no solo, os equipamentos mais modernos do inventário da FAB estão voltados para o combate a crimes como o narcotráfico, contrabando e o desmatamento ilegal. A Operação começou no dia 22 de novembro e envolve a fronteira do Brasil com Peru, Bolívia e parte do Paraguai, envolvendo os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
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Para apoiar as ações em solo do Exército, Marinha, órgãos de segurança pública, Receita Federal, Ibama e Funai, a FAB na Operação Ágata 3 realiza a missão de reconhecimento, ou seja, o levantamento de informações sobre alguma área de interesse. Para isso, caças A-29, A-1 e RA-1, além dos jatos R-35 e R-99, operam a partir de pistas em localidades estratégicas e conseguem cobrir toda a fronteira do Brasil com o Peru e a Bolívia.
Essas missões acontecem a qualquer hora, pois as câmeras são capazes de capturar imagens à noite ou até com o céu nublado. Um exemplo é o FLIR (do inglês "Forward Looking Infra-Red), equipamento que fornece o registro térmico de uma área, ou seja, os pontos de interesse são localizados pelo calor que emitem. Isso significa que uma pessoa pode permanecer escondida, mas aparecerá claramente para o avião de reconhecimento.
Ver sem ser visto também é uma realidade para os pilotos dos helicópteros H-60 Blackhawk e aviões C-105 Amazonas e A-29 Super Tucano, que podem voar com Óculos de Visão Noturna. O equipamento também é usado pela tropa da FAB no solo, mas, se necessário, caças A-1 também lançam artefatos iluminativos que brilham por vários minutos com a mesma intensidade de um milhão de velas. Missões assim já foram cumpridas para apoiar de tropas do Exército Brasileiro em patrulha na fronteira.
No céu, a FAB é a responsável pela defesa aérea, que começa com a localização de cada aeronave que sobrevoa o Brasil por meio da rede de radares dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs). Esse monitoramento acontece todos os dias, 24 horas, e é complementado por aviões-radar E-99, capazes de detectar pequenas aeronaves voando poucos metros acima da copa das árvores.
Nessas situações, aviões de caça estão prontos para realizar as Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo, que começam com a identificação à distância e podem até resultar em um tiro de destruição. Na Ágata 3, a FAB intensificou sua presença na fronteira Oeste, e caças F-5EM e A-29 foram deslocados para Cuiabá (MT), Vilhena (RO) e Rio Branco (AC). Os F-5EM, além dos A-1, podem ainda ser reabastecidos em pleno voo, multiplicando o raio de ação.
Essas aeronaves estão ligadas por uma rede de Comando e Controle que integra em tempo real todas as unidades da FAB, mesmo que estejam operando fora de suas bases e longe dos centros de onde partem as ordens de missão. No caso da Ágata 3, as informações também são repassadas para o Estado Maior Conjunto, em Campo Grande (MS), onde são tomadas as decisões sobre cada uma das ações realizadas.
Fonte: Agência Força Aérea