Exército constrói simulador de helicóptero 100% nacional
O Exército anunciou sexta, dia 16, a construção do primeiro simulador de voo de helicóptero feito 100% no Brasil. A entidade agora estuda transferir a tecnologia para a polícia de diversos Estados, além da Marinha e da Aeronáutica.
O projeto levou quatro anos para ser construído -em parceria com a empresa privada Spectra- e consumiu ao menos R$ 4 milhões.
É o primeiro equipamento do tipo a ser feito na América Latina. Trata-se de uma grande esfera que imita a cabine de um helicóptero e se movimenta imitando as manobras da aeronave.
As imagens projetadas em seu interior são baseadas em fotos do território brasileiro e os movimentos do helicóptero em modelos matemáticos feitos pela Aeronáutica.
Ele permite tanto o treinamento de pilotos novatos como a simulação de missões de ataque ou de salvamento reais -poucas horas antes delas acontecerem.
Isso ajuda os comandantes a decidirem se a ação planejada é viável e também a acostumar o piloto ao local onde serão realizadas.
São simulados, por exemplo, ataques com foguetes e metralhadoras contra inimigos em terra ou outros helicópteros, ou ainda pousos em locais difíceis durante missões de ajuda humanitária, tal como em enchentes.
Segundo o Exército, o projeto reduz custos. "A hora de voo de treinamento custa R$ 3.000. A do simulador sairá por R$ 300", disse o general Eduardo Diniz, do Comando de Aviação do Exército.
O simulador serve para treinar pilotos de helicóptero do modelo Esquilo (o Exército tem 36 deles), um tipo de aeronave largamente utilizado também por polícias militares e civis em diversos Estados.
"Há interesse do Exército em compartilhar essas tecnologias, oferecer condições para que as outras forças e órgãos ligados à defesa e à segurança pública possam usufruir desses desenvolvimentos", disse o general Sinclair Mayer, responsável pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército.
O equipamento também deve ser adaptado ao treinamento de pilotos de outros tipos de helicópteros usados pelo Exército.
Segundo a empresa Spectra, a tecnologia base desenvolvida pode ser usada para criar simuladores de combate com fuzil, tanto para militares quanto para policiais.
Fonte: / NOTIMP