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Dois sindicatos aceitam proposta e desistem de greve na aviação



Entidades representaram trabalhadores do AM e do município do Rio; demais mantêm previsão de paralisação .

Empresas têm plano de contingência pronto; governo adota discurso de que não haverá caos às vésperas do Natal .

SOFIA FERNANDES / MÁRCIO FALCÃO .

Dois sindicatos de trabalhadores da aviação aceitaram ontem reajuste de 6,18% proposto pelas empresas e desistiram da greve marcada para as vésperas do Natal, segundo o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias).

Ambos são ligados à Força Sindical: o de aeroviários do município do Rio e o aeronautas do Amazonas. O movimento é coordenado, em nível nacional, pela CUT.

Hoje o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo vai ingressar com um pedido de reajuste de 9% junto ao Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. A entidade não informou se participará ou não da paralisação.

As demais entidades que representam aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários (operadores em solo) mantêm a previsão de greve por tempo indeterminado para amanhã, a partir das 23h.

Há a estimativa de 40% a 50% de adesão, num universo de 100 mil funcionários.

As empresas aéreas têm um plano de contingência pronto para o caso de paralisação. O intuito é minimizar os efeitos aos passageiros nas festas.

O Snea informou que concederá a todos os 6,18% -haja ou não greve-, retroativos ao dia 1º. As duas categorias reivindicam, entre outros pontos, 10%.

O plano de contingência foi acordado entre as empresas com o apoio da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), da Secretaria de Aviação Civil e da Infraero (estatal que dirige os aeroportos).

Os detalhes são mantidos em sigilo, mas um dos pontos, divulgado pelo Snea, se refere ao cancelamento de folgas.

O governo adota o discurso de que não haverá caos aéreo.

A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse ontem acreditar num entendimento, mas afirmou que em caso de greve já há uma solução pensada pelas companhias.

"Temos conversado com as empresas e acreditamos que elas estejam com programas para atender as pessoas nos aeroportos. Acreditamos que não teremos problemas."

NEGOCIAÇÃO

A primeira proposta das empresas foi de 3% de reajuste. Passou a 6,18% em negociação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). A última sugestão do tribunal, de 8%, foi aceita pelo comando da greve, mas rejeitada pelas empresas.

Segundo Gelson Fochesato, presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), as negociações começaram em sete

Fonte: / NOTIMP

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Acordo reduz risco de greve

Sindicatos representados pela Força Sindical fecharam a proposta com patrões e governo diz que não haverá caos aéreo

BRASÍLIA e RIO DE JANEIRO – As empresas aéreas fecharam ontem um acordo com dois sindicatos ligados à Força Sindical, o que, na prática, reduz as chances de greve dos aeronautas (pilotos e comissários) e aeroviários nos aeroportos, marcada para a amanhã, a partir das 23h. O acordo isola a Central Única dos Trabalhadores (CUT) nas negociações salariais. Ao mesmo tempo, o governo insiste em assegurar que não haverá caos aéreo e aposta que a greve não vai acontecer.

Até o início da noite de ontem, os sindicatos do município do Rio de Janeiro e do Estado do Amazonas, que representam empregados que trabalham em terra, firmaram um compromisso com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) aceitando a proposta patronal de reajuste de 6,17%, em linha com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Também ficou acertado um aumento de 10% para o valor dos pisos salariais, vale-refeição e cesta básica. Por último, foi criado um piso específico para operadores de equipamentos de R$ 1.000.

"Há um clima de diálogo. Não há o menor ambiente para greve em nível nacional nas empresas aéreas. Ainda mais por causa de uma diferença de reajuste tão pequena e às vésperas do Natal", disse Odilon Junqueira, negociador das empresas.

Segundo Uébio José da Silva, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aéreo (entidade que fechou acordo), as companhias devem aplicar o reajuste salarial a todos os funcionários do País, independentemente do sindicato a que estão filiados. A decisão pode sepultar a paralisação. "Isso dificulta fazer a greve, é um pouco decepcionante porque ainda tínhamos dois dias para negociar, mas não me surpreende vindo da Força Sindical", afirmou Gelson Fochesato, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (tripulação).

Antes mesmo do acordo do Rio e Amazonas ser divulgado, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, descartou a possibilidade de apagão aéreo no final do ano. Mesmo se houver greve, o passageiro não sofrerá transtornos, segundo a ministra. Ela disse confiar nas previsões do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, que monitora a situação e mantém contato com as aéreas. "Nós temos conversado com as empresas e acreditamos que elas estão com programas para atender as pessoas nos aeroportos", afirmou. "Acreditamos que não teremos problemas." Para a ministra, ainda há margem para avançar nas negociações entre trabalhadores e empresas aéreas. O Ministério Público do Trabalho informou que acompanha o caso e que poderá acionar o Tribunal Superior do Trabalho (TST) se for necessário.

PLANO

As empresas aéreas têm um plano de contingência pronto para o caso de uma greve. O intuito é minimizar os efeitos aos passageiros de uma possível paralisação às vésperas do Natal. As duas categorias mantêm a previsão de greve por tempo indeterminado para a quinta-feira, a partir das 23h. Há a estimativa de 40% a 50% de adesão, dentro de um universo de cerca de 100 mil funcionários. O plano de contingência foi acordado entre as empresas com o apoio da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da Secretaria de Aviação Civil e da Infraero.

Os detalhes, contudo, são mantidos em sigilo, mas um dos pontos, divulgado pelo Snea, se refere ao cancelamento de folgas.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Mario Ortiz









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