Cerco armado contra o tráfico
Governo lança o Plano Estratégico de Fronteiras com o apoio de 11 estados .
Brasília – O Ministério da Justiça (MJ) assinou na manhã de 08/12 os termos de adesão de 11 estados ao Plano Estratégico de Fronteiras, que vai possibilitar o acesso a recursos de R$ 37 milhões para investimentos em segurança.
O plano é coordenado pelo MJ em parceria com o Ministério da Defesa e tem como objetivo coibir o tráfico de armas e drogas provenientes dos países vizinhos. Todos os estados envolvidos já apresentaram projetos de integração de trabalho, que estão sendo analisados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão que faz a articulação das ações do governo federal com os estados.
O plano estratégico contará com a atuação das Forças Armadas e das polícias Federal Rodoviária, Federal e estaduais. Atualmente, duas operações de caráter permanente atuam contra ilícitos nas regiões de fronteira no país: a Sentinela e a ágata.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que devem ser contratados, no próximo ano, 1,5 mil policiais rodoviários federais e 1,3 mil federais. A maioria deles deve ser encaminhada para trabalhar nas fronteiras, que envolvem 710 municípios. A data dos concursos não foi revelada.
"Uma série de medidas estruturantes serão tomadas em 2012 e 2013, mas o que já foi implementado de junho para cá é de um êxito impressionante. Conseguimos integrar as forças federais que se destinam ao controle de fronteiras. Coisa que, no passado, nem sempre foi possível fazer", disse o ministro.
Para Cardozo, os países de fronteira têm respondido positivamente aos planos do Brasil de combate ao tráfico e outros atos ilícitos. Ele afirmou que tem se reunido com ministros da Justiça e do Interior de países do Mercosul e que foram assinados importantes pactos com foco na segurança nas fronteiras, os mais recentes com o Paraguai e a Argentina.
Prioridades O ministro destacou, ainda, que a presidente Dilma Rousseff encarregou o Ministério da Justiça de três grandes projetos prioritários: o Plano Estratégico de Fronteiras, a reforma do sistema penitenciário, que deverá envolver recursos de R$ 1,1 bilhão e que permitirá a criação de 60 mil vagas nos presídios até 2014, e o Plano de Enfrentamento do Crack, com recursos de R$ 4 bilhões.
Assinaram o termo de adesão ao Plano Estratégico de Fronteiras os representantes dos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Fonte: / NOTIMP