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Aeroviários aceitam 6,5%



Sindicato nacional deve assinar hoje acordo com empresas aéreas, pondo fim ao risco de greve nos aeroportos neste fim de ano .

Gustavo Henrique Braga .

Após mais de três meses de negociações, companhias de aviação e aeroviários chegaram a um entendimento, colocando fim à ameaça de greve no setor durante as festas de fim de ano. A confirmação oficial deve ser feita hoje, quando se encerrarão as assembleias do Sindicato Nacional dos Aeroviários, para só então ser assinado o acerto formal. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) informou que três sindicatos fecharam ontem o acordo coletivo: o de Pernambuco, o do Rio Grande do Sul e o de Guarulhos. Eles terão os salários corrigidos em 6,5%, além de um aumento de 10% para os diferentes pisos da categoria.

A proposta, que deve ser aceita por todos os sindicatos ainda hoje, é a mesma que já havia sido assinada, há uma semana, pelos aeronautas. Na última segunda-feira, o Ministério do Trabalho chegou a mediar uma reunião entre empresas e trabalhadores e, na ocasião, os sindicatos se comprometeram a levar às assembleias a proposta de 6,5% de reajuste e estabelecimento de um piso de R$ 1,1 mil para as empresas com maior capacidade de pagamento. Procurado pelo Correio, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) informou que só irá se pronunciar após a assinatura do acordo. O Sindicato Nacional dos Aeroviários não atendeu as ligações.

Nos aeroportos, o clima foi de tranquilidade ontem. Dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) mostram que, até às 17h, o índice de voos atrasados no país ficou em 7,9%, número considerado aceitável pela estatal. Em Brasília, essa parcela foi menor: 5,1%. Já no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o índice ficou em 12,3% e, em Guarulhos, em 10,3%. Há uma semana, os aeroviários de cinco aeroportos, entre eles o de Brasília, cruzaram os braços por 24 horas em protesto contra as empresas. Apesar do tumulto, os terminais operaram sem problemas naquele dia.

O movimento foi enfraquecido depois de uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que, ao menos, 80% dos funcionários permanecessem operando no fim de ano. Inicialmente, a categoria cobrava um reajuste de 10%. No decorrer das negociações, decidiu baixar esse percentual para 7% até finalmente aceitar a proposta de 6,5% generalizado e 10% para os pisos.

Desde o ano passado, quando o índice de atrasos nos voos passou dos 40% no fim de dezembro, as empresas aéreas criticam o período do ano em que cai a data-base de aeronautas e aeroviários. O motivo é que, invariavelmente, os movimentos grevistas ocorrem exatamente no período de pico nos aeroportos, atitude considerada oportunista pelos patrões. Apesar das tentativas, por enquanto não há sinalização da Justiça do trabalho ou dos sindicatos para uma mudança.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Mario Ortiz









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