Aeroporto do Galeão começa a desmontar aeronaves abandonadas
As aeronaves desmontadas pertencem à empresa Varig Log, que está em recuperação judicial. O trabalho foi autorizado pela Justiça e executado pela TAP M&E, empresa concessionária do espaço onde as duas aeronaves estavam estacionadas. Além delas, um outro 727-200, também da Varig Log será desmontado me removido.
Para o Diretor Jurídico da Infraero, Francisco José de Siqueira, que representou a presidência da empresa, a cerimônia é de grande importância, uma vez que há o esforço de integrantes do setor aéreo e de outros órgãos públicos. “No mundo moderno, as soluções passaram a ser tão complexas que não adianta uma pessoa apenas tentar resolver sozinha um problema. É preciso que haja um diálogo entre os envolvidos para que a solução destas questões complexas seja possível”, afirmou.
O juiz auxiliar da Corregedoria Nacional e presidente da Comissão Executiva do Programa Espaço Livre, Marlos Augusto Melek, representou a ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, e destacou o esforço conjunto entre os integrantes do setor aéreo. “Nós, da administração pública, precisamos aprender a nos unir e a nos coordenar, caso contrário não alcançaremos nossos objetivos”, afirmou o juiz, que destacou a a união entre os órgãos para resolver a questão dessas aeronaves.
Ao todo, 57 aeronaves estão estacionadas em aeroportos da Rede Infraero. Em agosto deste ano foi iniciado o desmonte de quatro aviões da massa falida da Vasp que estavam no Aeroporto de Congonhas (São Paulo). Após o Galeão, a próxima etapa do desmonte envolverá cinco aviões pertencentes à massa falida da Varig S.A, também estacionados no Galeão. Uma sexta aeronave, localizada em Manaus, também será desmontada. A previsão é de que essa etapa comece em fevereiro de 2012.
O Programa Espaço Livre foi lançado em fevereiro deste ano. A ação foi implantada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com a Secretaria de Aviação Civil (SAC), por meio da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O objetivo é remover dos aeroportos brasileiros as aeronaves que estão sob custódia da Justiça.
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