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Operação Fronteira Sul II

Teve início nesta segunda-feira (07), de forma discreta e sem chamar a atenção dos paisanos, mais uma edição da operação militar Fronteira Sul II, desencadeada pelo Comando Militar do Sul (CMS), com o objetivo de coibir atividades ilícitas nas fronteiras do Brasil com Paraguai, Argentina e Uruguai.

Na região de Foz do Iguaçu, militares posicionaram-se na cabeceira brasileira da Ponte da Amizade e em pontos estratégicos ao longo das rodovias. A expectativa é de que mais homens cheguem no transcorrer da semana, para trabalho que, oficialmente, não tem data para terminar, mas costuma durar cerca de dez dias.

A presença de soldados do Exército e, em menor escala, da Marinha e da Força Aérea, contribuem, sem sombra de dúvidas, para o aumento da sensação de segurança na região fronteiriça. Durante os dias de mobilização, por exemplo, traficantes suspendem seus envios e contrabandistas suspendem sua marcha.

O problema, entretanto, é que operações como a Fronteira Sul II são apenas intermitentes, não solucionando a questão central, que é a necessidade de controle perene nas faixas de fronteira do Brasil.

É graças a essa ausência de controles que o crime organizado brasileiro proliferou e ganhou contornos internacionais, ocupando áreas de Bolívia e Paraguai. É graças a isso que, hoje, moradores de municípios como Foz do Iguaçu e Guaíra, são obrigados a arcar com o fardo de altos índices de violência urbana.

Por outro lado, mobilizações ostensivas e, muitas vezes, exageradas, costumam ter impacto negativo sobre um dos principais "ganha-pão" da região trinacional: o turismo. Afinal, veículos blindados e homens armados até os dentes não são, exatamente, o que turistas esperam encontrar nas rodovias e locais de passagem.

Pelo sim, pelo não, é impossível não reconhecer o legado deixado por este tipo de operação, no sentido de integração entre as forças policiais e militares. É com esta "troca de figurinhas", bem como a familiarização entre o modus operandi de cada força, que resultados alentadores costumam surgir no restante do ano.

Fonte: PARANÁ ONLINE / NOTIMP









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