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Monomotor não teve falha mecânica, diz Aeronáutica sobre acidente na BA

Investigadores avaliaram aeronave em Condeúba na quarta-feira (16). 'Ele entrou em pânico', diz especialista sobre passageiro que saiu do avião .

Os técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) realizaram avaliação técnica no monomotor que enfrentou problemas no pouso e ocasionou a morte de um dos passageiros na noite de segunda-feira (14), na região sudoeste da Bahia. Segundo o investigador do Cenipa, regional Recife (PE) José Roberto Mendes, não foi detectada falha mecânica, nem irregularidades na documentação da aeronave.

Segundo o órgão, a avaliação foi realizada por dois oficiais especializados durante toda a quarta-feira (16), na cidade de Condeúba, local do acidente, a cerca de 650 Km de Salvador. “O avião fez pouso em pista legalizada e o piloto, por algum motivo, perdeu controle do avião no solo e saiu da pista. A documentação do avião, do piloto e do aeródromo está legalizada”, diz José Roberto Mendes.

O especialista acredita que a morte foi ocasionada pela precipitação do passageiro, que se desesperou porque tinha medo de voar. “Quando o avião parou, por uma atitude inesperada, ele abriu a porta, ficou em pé na asa, se desequilibrou, caiu para frente na hélice, que ainda estava girando. Ele entrou em pânico, ficou com medo”, explica Mendes sobre as circunstâncias da morte do ex-vereador da cidade de Condeúba, Agnaldo José Pereira, de 44 anos. Ele foi velado na Câmara de Vereadores do município e o sepultamento ocorreu no distrito de Alegre, na zona rural, a cerca de 50 km da cidade. A aeronave ficou intacta e os demais ocupantes não ficaram feridos.

A aeronave monomotor, cujo modelo é RV-10, é enquadrada na categoria experimental, que é reconhecida Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com um nível menor de exigências normativas. De acordo com Mendes, o modelo é fabricado nos Estados Unidos e montado no Brasil. O monomotor comporta quatro passageiros e três pessoas viajavam no momento do acidente – o piloto (irmão da vítima) e um primo deles.

A pista de pouso, que funciona dentro da fazenda da família, foi construída há cerca de dois anos e meio e é coberta de cascalho (não é asfaltada), afirmou os familiares.

Experimental

A Anac define o modelo experimental como “toda aeronave fabricada ou montada por amador”, usado “exclusivamente para esporte, turismo e lazer”. Nesses casos, o agente da Aeronáutica explica que as responsabilidades do voo são apenas do operador. “Avião que não é certificado é experimental e a operação é por conta e risco do proprietário”, comenta José Roberto Mendes.

Ele explica que os aviões experimentais são montados no país com os requisitos da Anac, ganha matrícula e deve realizar inspeção anual, assim como outras categorias. Segundo ele, o fato de ser experimental, nesse caso, não tem relação com a causa do acidente.

Fonte: / NOTIMP

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Cenipa: vento contribuiu para morte de político em monomotor

Uma forte rajada de vento contribuiu para o acidente aéreo que culminou com a morte do ex-vereador de Condeúbas Agnaldo José Pereira, 44 anos. A vítima pulou da aeronave, após esta derrapar, e foi atingida pela hélice. Ele viajava na companhia do piloto, do irmão e de um primo, que não sofreram ferimentos. A tragédia ocorreu na noite da última segunda-feira, em Condeúba (642 km de Salvador).

Segundo oficiais técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa), a ventania registrada no momento do acidente foi suficiente para desestabilizar o monomotor. Eles não detectaram falha mecânica nem irregularidades na documentação do avião. Durante o pouso, o piloto perdeu o controle da direção da aeronave na pista de cascalho da fazenda pertencente ao político. Quando o piloto e o irmão da vítima Doriedson Pereira tentavam controlar o monomotor, Agnaldo entrou em pânico e abriu a porta. Ao pisar na asa do monomotor, se desequilibrou, caiu e foi atingido pela hélice, morrendo na hora.

Um dos dois oficiais a serviço do Cenipa, José Roberto Mendes da Silva, afirmou que o piloto perdeu o controle, e a aeronave, homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), saiu da pista. A documentação do avião, do piloto e do aeródromo estão legalizadas.

Localizada na Fazenda Cajueiro, a 35 km da sede de Condeúba, a pista possui 1,4 km de extensão por 30 m de largura, com 20 m de área de escape em cada lado. Não foram observados danos na aeronave, ou lesões nos demais ocupantes. A Anac enquadra o modelo da aeronave na categoria experimental, com um nível menor de exigências normativas. O avião, prefixo PR - ZCM, modelo PR VCM-RV 10, com capacidade para até quatro pessoas, foi fabricado nos Estados Unidos e montado no Brasil.

Fonte: / NOTIMP









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