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Especial Rio: Ação na Rocinha deve ser rápida, prevê polícia; Invasão terá 2 mil homens, aparato bélico e horário marcado: 5h



A polícia do Rio espera levar pouco mais de meia hora para ocupar, amanhã, as favelas da Rocinha e do Vidigal. A previsão leva em conta o fato de que a quadrilha que domina o tráfico ali está desmantelada após a prisão de Nem.

Ainda assim, uma megaoperação está sendo preparada. A tomada das favelas, na zona sul, contará com homens das polícias Militar, Civil e Federal, além de apoio de blindados da Marinha e helicópteros.

O espaço aéreo ficará fechado a partir de 0h de domingo, num raio de 2,8 km da favela. A previsão é que seja reaberto às 16h.


"Esperamos que não possamos disparar nenhum tiro, mas contamos com uma variável que não temos, que é a intenção do criminoso que está lá", disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

A avaliação é que, diferentemente da tomada do do Alemão, há um ano, o tráfico na Rocinha está acéfalo. Ainda assim, Beltrame pediu cautela aos moradores. "Onde tem uma operação policial tem que ter cuidado."

Fonte: / NOTIMP

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Ocupação à maior favela da zona sul do Rio para instalar UPP está prevista para começar domingo

Alfredo Junqueira e Pedro Dantas

RIO - Com efetivo de cerca de 2 mil homens, a ocupação da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, deve ter mobilização bélica comparada apenas ao aparato usado na invasão ao Complexo do Alemão. Além da retomada da favela, o policiamento será reforçado em toda a zona sul carioca e áreas turísticas, para evitar atentados ou represálias. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, confirmou ontem que a invasão será às 5h de amanhã.

Uma das preocupações é com o fluxo de turistas na Estrada das Paineiras, acesso ao Cristo Redentor. Policiais do Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente vão reforçar o patrulhamento a partir da Vista Chinesa, nas proximidades das matas, que serão ocupadas por homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

O espaço aéreo estará fechado e até voos de asa delta que partem da Pedra Bonita estão suspensos. Apenas helicópteros blindados da PM e da Polícia Civil poderão sobrevoar o local. A entrada da polícia na Rocinha seguirá o mesmo padrão das demais ocupações. Homens do Bope posicionados na Estrada das Paineiras vão entrar na favela pela mata. Simultaneamente, outras guarnições do batalhão subirão a Rocinha pela Estrada da Gávea, embarcadas nos carros blindados da Marinha, modelo Lagarta Anfíbio, que possui lançador automático de granada M275 e metralhadora calibre. 50.

Caso não sejam encontrados focos de resistência, homens do Batalhão de Choque subirão a Rocinha por vários acessos. Neste momento, com auxílio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, a Polícia Militar iniciará a busca por armas e drogas escondidas pelos traficantes da quadrilha Amigos dos Amigos (ADA).

Voto de confiança

Todos os batalhões da PM na zona sul, especialmente o 23.ºBPM do Leblon, estarão de prontidão. Apontado como mentor da ocupação da Rocinha, o comandante do Estado Maior Operacional da PM, coronel Alberto Pinheiro Neto, pediu "voto de confiança aos moradores" e que a comunidade denuncie esconderijos de armas e drogas. Para evitar abusos, a Defensoria Pública enviará defensores para acompanhar a operação.

Fonte: / NOTIMP

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Hospital Miguel Couto terá reforço na equipe durante ocupação da Rocinha

Unidade foi escolhida para atender possíveis vítimas de confronto. Haverá uma sala reservada exclusivamente para os atendimentos.

O plantão do Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio, será reforçado neste fim de semana por causa da ocupação na Favela da Rocinha. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, a unidade foi escolhida como referência para eventuais atendimentos por ser a mais próxima da Rocinha e do Vidigal.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria, haverá uma sala reservada exclusivamente para atender as possíveis vítimas durante a ocupação.

Apoio ao Ministério da Defesa

O Ministério da Defesa vai mandar homens da Marinha e equipamentos militares para a ocupação da Rocinha. O pedido de apoio logístico ao Ministério da Defesa foi feito há cerca de dez dias pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). A informação foi publicada inicialmente no site do Jornal Extra.

A Marinha usará na operação os mesmos blindados utilizados na tomada das comunidades do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, no Rio, os chamados Clanfs (carros lagartas anfíbios). Os blindados serão operados por fuzileiros navais e também ajudarão no transporte dos policiais militares durante a entrada no morro.

Restrição do espaço aéreo

A assessoria da Aeronáutica informou, na quinta-feira (10), que foi enviado um comunicado a controladores de voo, pilotos e auxiliares envolvidos em operações aéreas em todo o país informando que haverá restrição do espaço aéreo em região próxima à da Pedra da Gávea, no Rio, entre 0h e 16h de domingo.

O motivo da medida é a operação militar que pretende ocupar a favela da Rocinha. A restrição ocorrerá numa área com raio de 2,8 quilômetros e 900 metros de altitude, de acordo com a assessoria da Força Aérea.

Fonte:
/ NOTIMP

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Ocupação da Rocinha será às 4h da manhã de domingo

Em entrevista a ÉPOCA, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirma que a UPP da favela terá entre 800 e 1.000 policiais

RUTH DE AQUINO E NELITO FERNANDES

Às 4 horas da manhã do domingo (13) terminará o longo reinado do tráfico na maior favela do país, a Rocinha. O horário foi antecipado a ÉPOCA pelo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Dois dias depois da prisão do traficante Nem, o antigo chefe do tráfico na região, Beltrame afirmou que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha terá entre 800 e 1.000 policiais. Apesar do início da operação bem sucedido, Beltrame ainda não comemora. "Está muito cedo para falarmos em sucesso. Eu acho que há mais preocupação do que satisfação." A seguir, um trecho da entrevista do secretário:

ÉPOCA – É verdade que o Nem vinha negociando rendição em condições de não ser julgado por homicídio ?
José Mariano Beltrame – Não! O que existe a respeito desse traficante é que, desde a tomada do Alemão e da Vila Cruzeiro, no ano passado, pessoas ligadas a algumas igrejas, advogados e policiais vêm com informações muito esparsas de que ele queria se render. Isso nunca se tornou claro e, de mais a mais, rendição é um ato voluntário . Não se rende sob condição. A pessoa chega e se apresenta à autoridade policial, ou em algum lugar onde haja autoridade policial. Portanto, não há negociação em rendição ou muito menos no que diz respeito a suprimir algum tipo de crime contra a vida.

ÉPOCA – A prisão do traficante adiantou a operação de ocupação da Rocinha?
Beltrame – Não! Ela está dentro de uma esteira de ações de uma operação combinada, que formou um círculo muito amplo junto às facções da ADA (Amigos dos Amigos), que começou no dia 3 de novembro e veio desencadear na prisão desse bandido. Na última sexta (11), às onze da manhã, na última reunião de briefing que fizemos, estabelecemos que vamos entrar na Rocinha às 4 horas da manhã do próximo domingo (13). Gostaria de destacar que essa operação tem como característica a ação integrada de várias forças das esferas federal, estadual e municipal. As vaidades foram postas de lado em prol de um objetivo comum: a reconquista da Rocinha pelo Estado, um território que estava nas mãos de bandidos. Sem o apoio do Ministério da Defesa, da Marinha, do Exército, da Polícia Federal, da PM e da Polícia Civil, de instituições estaduais e da Prefeitura, seria muito mais difícil fazer essa ocupação.

ÉPOCA – Há expectativa de tempo de ocupação da Rocinha até entrada da UPP? Três meses seria factível ? O Exército ajudará o Bope? Quantos policiais serão utilizados? Serão os mesmos 2 mil do alemão?
Beltrame – A UPP da Rocinha prevê aproximadamente mil homens. O planejamento inicial foi em torno de 800 homens, mas vamos trabalhar com a possibilidade de usar mil policiais. O Exército não está nesta ação da Rocinha, mas a gente tem a sinalização do Ministério da Defesa de que, se fazendo necessário, o governador Sérgio Cabral demandaria isso ao Ministério da Defesa. Assim, a possibilidade de que tenhamos a participação do Ministério da Defesa, por meio do Exército, é possível.

Fonte: / NOTIMP









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