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Comando da Aeronáutica cria Dia do Material Bélico

No dia 11 de novembro de 1944, durante a campanha aliada na Itália, a Força Aérea Brasileira (FAB) fez história. Nesse dia, pilotos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) voaram como unidade independente pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial, a bordo dos lendários aviões P-47 Thunderbolt. Por esse motivo, a data foi escolhida para celebrar, de agora em diante, o Dia do Material Bélico de Aeronáutica.

Ao final da campanha em 1945, impressionavam os números obtidos pelos militares da FAB como integrante do 350th Figther Group USAF, unidade americana à qual os brasileiros estavam subordinados. O segredo do sucesso? Os brasileiros eram conhecidos pela eficiência. Em combate, os pilotos apresentavam resultados expressivos e, em terra, os especialistas de diversas áreas eram capazes de colocar um avião em operação na metade do tempo das outras equipes aliadas.

Criativos, os especialistas da FAB mudaram uma série de procedimentos, para aprimorar o apoio aos pilotos, e chegaram a resolver problemas de projeto nas aeronaves, como ocorreu na campanha em relação ao P-47 Thunderbolt.

Para o responsável pelo grupo de trabalho que fundamentou a criação da data e Diretor do Parque de Material Bélico da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAMB-RJ), Coronel Aviador Cláudio Aragão, esta é uma oportunidade de homenagear não só os especialistas em material bélico, mas todos os profissionais que estão envolvidos direta ou indiretamente com a área. “Normalmente, vemos a aeronave já armada e pronta e não percebemos o trabalho dos profissionais em terra que preparam o armamento.”

Segundo o Tenente Coronel Especialista em Armamento Sérgio Xavier de Lima, da 4ª Subchefia do Comando-Geral de Apoio (COMGAP), que trabalha há 38 anos na área, esta é uma atividade que implica cuidados peculiares. “Ao manusear uma arma é necessário observar uma série de cuidados com a sua segurança e dos que estão a sua volta”, afirma.

Profissional - A atuação do especialista em armamento é ampla. Ele é responsável pelos serviços técnicos de manutenção, estocagem e instalação de material bélico aéreo e terrestre. O profissional atua ainda no emprego de armamentos terrestres, na instrução de tiro com armas portáteis.

De acordo com o Major Especialista em Armamento Ricardo Henrique da Rocha, a atuação do especialista em armamento assegura a manutenção da atividade fim da FAB. Ele também observa que esses profissionais podem trabalhar na manutenção dos óculos de visão noturna (NVG), de mísseis, de canhões, na harmonização dos sistemas de armas das aeronaves com seu sistema ótico de pontaria, denominado “head-up display”, instalando ou neutralizando bombas de aviação, como tripulante a bordo de aeronaves de combate e em outras inúmeras atividades.

O especialista também é responsável pela manutenção do estande de aviação, local onde é empregado armamento aéreo. Após o exercício é necessário ser feita a descontaminação - busca dos itens que foram lançados no campo de treinamento e que falharam.

Patrono - O grupo de trabalho indicou como patrono da data o Tenente Coronel Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado, que teve uma vida dedicada à FAB. O pedido depende de aprovação do Congresso Nacional.

Prado nasceu em São Paulo, em 9 de Fevereiro de 1921. Foi declarado aspirante em 1943, ano em que foi para os Estados Unidos da América onde se especializou em armamento para assumir a chefia da Seção de Material Bélico do 1º Grupo de Aviação de Caça na Campanha da FAB na Itália, na 2ª Guerra Mundial.

Além de controlar e fazer a manutenção do armamento, realizou diversas atividades como o remuniciamento dos aviões, harmonização das metralhadoras com o visor do tiro, conjugação de comando de disparo das metralhadoras com as câmeras cinematográficas para registro dos resultados das missões.

Ao regressar ao Brasil, introduziu novos métodos de armazenagem de material bélico, modificou o Sistema de Ordens Técnicas e estabeleceu nomenclatura padrão, que foi adotada pelas Forças Armadas do Brasil. Prado também idealizou alguns tipos de bombas incendiárias e respectivas espoletas, produziu os primeiros foguetes de aviação fabricados no Brasil e desenvolveu, juntamente com oficiais do Exército, novos tipos de propelentes sólidos.


Fonte: Agência Força Aérea








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