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Bope apreende 69 fuzis no Rio



Total foi recolhido nas favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu desde domingo. Só ontem, foram achadas 29 armas .

Até a tarde de ontem, 29 fuzis haviam sido apreendidos pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio na Favela da Rocinha, Zona Sul da capital fluminense. Desde o início da ocupação do complexo da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, na madrugada de domingo, foram apreendidos, até a tarde de ontem, um total de 69 fuzis, informou a Secretaria de Segurança do Rio. Também foram apreendidas pistolas, metralhadoras, espingardas e pelo menos 20 mil munições de diversos calibres. Esse número aumentaria ainda ontem, depois da contagem do material apreendido mais cedo em casa próxima da Rua 2. No local, traficantes haviam abandonado munição para pistola e fuzil e grande quantidade de fogos de artifícios, que eram usados para alertar bandidos sobre a chegada da polícia. Também foram encontrados coletes à prova de balas de uso exclusivo das Forças Armadas.

Essa cena não se repetirá mais com a ocupação definitiva das comunidades pela polícia, que vai instalar na comunidade a 19ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio. Essa foi a promessa reforçada ontem pelo secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, que visitou o Morro do Vidigal pela manhã na companhia da chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha. O secretário frisou a importância de "incluir esses lugares à cidade do Rio".

Segundo oficiais do Bope, nenhuma comunidade ocupada por UPPs anteriormente colaborou tanto com a polícia quanto na Rocinha nestes primeiros momentos da ocupação. As informações têm sido passadas por moradores por meio de bilhetes, telefonemas e também oralmente. "Cada comunidade é diferente. As denúncias são resultado da nossa credibilidade", disse o comandante do Bope, coronel René Alonso. Moradores e comerciantes contaram que a noite de segunda-feira na Rocinha foi bem menos movimentada do que costuma ser em véspera de feriado. "Normalmente, eu iria sair para um bar ou pizzaria, mas dá medo de colocar a cara na rua. Não sabemos ainda como vai ser", disse o mototaxista José Ronaldo de Araújo, de 35 anos.

O coronel René afirmou que não há toque de recolher na favela, mas ressaltou que a partir de agora todos terão de conviver com regras sociais que vigoram em bairros não favelizados da cidade. Um exemplo é a obrigação de respeitar o horário da lei do silêncio. Outro é a proibição de mototaxistas sem equipamentos de segurança, habilitação e documentos dos veículos.

Fonte: / NOTIMP









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