Acidentes aéreos em MT registrados neste ano quase superam 2010
Só no primeiro semestre de 2011 foram nove quedas de aviões. Julgamento errado de situações é um dos motivos das quedas .
Mato Grosso tem a segunda maior frota do país com cerca de 2 mil aeronaves registradas. A maioria é avião de pequeno porte usado pelo setor agrícola. Só no primeiro semestre deste ano foram nove quedas no estado, quase o total registrado em todo o ano passado, de dez casos, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
No último fim de semana um acidente aéreo matou o fazendeiro Wagner Martins, o filho dele e dois mecânicos. As causas ainda estão sendo investigadas.
Para os especialistas um acidente aéreo dificilmente está relacionado a uma causa isolada. Geralmente é um conjunto de fatores simultâneos ou em sequência que contribui para a aqueda de uma aeronave, como por exemplo, a falha humana.
Um relatório apresentado pelo Centro de Investigação e Prevenção de acidentes da Aeronautica elencou 26 fatores que provocaram acidentes entre 2001 e 2010. Em primeiro lugar aparece o julgamento errado de situações não previstas, seguido da deficiência na supervisão e planejamento dos voos. Problemas mecânicos e alterações meteorológicas também estão na lista.
O professor de pilotagem Henrique César Galina explica que o piloto precisa seguir todos os procedimentos para não ter problemas, tais como, plano de voo, verificar meteorologia e fazer o check list da aeronave.
Na região de fronteira, a maioria dos acidentes está relacionada a entrada de aeronaves clandestinas. Elas sobrevoam muito baixo para não serem identificadas pelo radar.
O coronel do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) de Mato Grosso, Antônio Ibanez, explica que o governo do estado está firmando uma parceria com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônio (Censipam), órgão gestor do sistema de proteção do Sistema de Proteção da Amazonia Legal, para ter acesso aos radares mais eficientes. "O objetivo é fazer uma varredura em toda a fronteira do estado com a Bolívia".
Passageiros
Quem viaja de avião com frequência se preocupa com a segurança. Para o funcionário público, Júlio Pedroso, os aviões precisam ser monitorados constantementes e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) precisa fazer uma fiscalização mais intensa.
A auxiliar administrativa Walkírya Queiróz dos Santos acrescenta que os cuidados devem ocorrer tanto em empresas de pequeno e grande porte. "Em relação a fiscalização é preciso ter o mesmo tratamento, independente do tamanho".
Fonte: / NOTIMP