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Palestras debatem tecnologia e oportunidades de negócios na área de helicópteros




Participantes assistiram debates voltados para as evoluções do setor aéreo .

“Tenho certeza que teremos muito trabalho a desenvolver a partir de agora”. Foi assim que o Reitor da UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá, Renato Nunes, abriu as palestras do seminário “O Desenvolvimento do Setor Aeronáutico de Asas Rotativas no Brasil”, promovido pela Universidade em parceria com a Helibras e ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial.

Logo após a abertura foi assinado um convênio de cooperação entre Helibras e Unifei, para o desenvolvimento de tecnologia e pesquisa no setor aeronáutico. De acordo com o Reitor, essa assinatura é “fruto de uma convergência entre o governo, que usou seu poder de compra no caso dos helicópteros EC725 para desenvolver a industria nacional, a Universidade, onde é gerado o conhecimento e a Indústria, representada pela Helibras e fornecedores, que são os verdadeiros produtores de riquezas”.

Eduardo Marson, presidente da Helibras, definiu o convênio como o início de um trabalho. “Essa assinatura não é o final, mas sim o começo de um processo de conhecimento, que estará disponível não só na Helibras, mas para toda a sociedade e para o país, por meio da Unifei”.

Palestras

O primeiro painel teve como tema as “Oportunidades, desafios e ambiente de negócios” ligados ao setor de asas rotativas. O Presidente da Helibras abriu a discussão mostrando o atual cenário de mercado no Brasil.

De acordo com Marson, o mercado governamental (segurança pública e defesa civil) é o que apresentará maiores oportunidades à medida que se aproximam a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “Hoje, são 130 helicópteros policiais em uso na área da segurança pública, mas, com estes eventos, estimamos que possam chegar a 250 aeronaves”.

O mercado civil também apresenta bons números, com um crescimento de 10% ao ano. Para o mercado militar, no entanto, além dos 50 helicópteros EC725 já vendidos, a oportunidade é o mercado de manutenção e modernizações. Outro segmento em ascensão é o Offshore, em decorrência da exploração do pré sal. Esse setor também será beneficiado com o programa EC725, já que a versão civil deste helicóptero, o EC 225, é um dos modelos mais eficientes para os trabalhos de transporte de funcionários e materiais para as plataformas de exploração, devido ao seu longo alcance, como confirmou Marco Aurélio Balboa, consultor do Centro de Aviação da Petrobras em sua palestra.

A produção de um helicóptero brasileiro, maior curiosidade dos participantes, mostrou que vai beneficiar outras empresas além da Helibras. Um exemplo foi a palestra da Inbra Aerospace, empresa de materiais compostos e blindagem, que mostrou durante sua apresentação, como a organização deve crescer para participar do projeto do EC725 . A empresa será integrada a cadeia de fornecedores do grupo EADS.

Para os interessados em consolidar carreira neste setor, Eduardo Marson avisa: “O mercado está aquecido. Em 2010 tivemos um recorde de produção, com 42 helicópteros e, a partir deste projeto de expansão, a finalização do novo hangar e a transferência de tecnologia, teremos mais espaço para produção e manutenção. Estimamos empregar 1.000 trabalhadores até 2015. Passamos de 290, no ano de 2009 e hoje somos 570. Estamos a caminho.”

Sobre a Helibras

A Helibras é a única fabricante brasileira de helicópteros. A empresa é associada ao Grupo Eurocopter, maior fornecedor mundial do setor, controlado pela EADS - European Aeronautic Defence and Space Company. Com participação superior a 50% na frota brasileira de helicópteros a turbina, a Helibras está em atividade no Brasil desde 1978 e mantém instalações em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Sua fábrica, que emprega mais de 560 profissionais e tem capacidade de produção de 36 aeronaves por ano, está localizada na cidade de Itajubá (MG), onde são produzidos diversos modelos que atendem aos segmentos civil, governamental e militar. Desde sua fundação, a Helibras já entregou mais de 550 helicópteros no Brasil, sendo 70% do modelo Esquilo. Em 2010, a empresa teve um faturamento de R$ 395 milhões. Mais informações: www.helibras.com.br

Sobre a Eurocopter e a EADS

Fundado em 1992, o grupo franco-alemão-espanhol Eurocopter é uma divisão do Grupo EADS e emprega aproximadamente 17.500 pessoas. Em 2010, a Eurocopter confirmou sua posição de líder como fabricante mundial de helicópteros no mercado civil e governamental com um volume de negócios de 4,8 bilhões de euros, encomendas de 346 novos helicópteros e uma quota de mercado de 49% nos setores civil e governamental. No geral, os helicópteros do Grupo são responsáveis por 33% da frota total mundial civil e governamental. A forte presença da Eurocopter no mundo inteiro é garantida por suas 30 filiais e participações nos cinco continentes, juntamente com uma densa rede de distribuidores, agentes certificados e centros de manutenção. Há atualmente 11.200 helicópteros Eurocopter em serviço e 2.900 clientes em 147 países. A Eurocopter oferece a maior gama de helicópteros civis e militares no mundo.

O Grupo EADS é líder mundial nos segmentos aeroespacial, de defesa e serviços relacionados. Em 2010, faturou € 45,8 bilhões e empregou cerca de 121 mil pessoas. Além da Eurocopter, o Grupo inclui a Airbus, a Airbus Military, a Astrium e a Cassidian. No Brasil, além da Helibras, a EADS está presente através da EADS Brasil, da EADS Secure Networks Brasil, da Spot Image Brasil, do escritório de representação da Airbus Military e da Equatorial Sistemas, da qual a Astrium é acionista.

Fonte:








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