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Funcionários de Viracopos aderem a paralisação a partir das 23h



Movimento de 48 horas também vai acontecer nos aeroportos de Guarulhos e Brasília; Infraero afirma que passageiros não devem ser afetados, mas que prepara plano de contingência .

MARÍLIA ROCHA .

Os aeroportuários que trabalham em viracopos, em Campinas (93 km de SP), aprovaram na manhã de ontem uma paralisação de 48 horas a partir das 23h de hoje. A manifestação é contra o modelo de privatização proposto pelo governo federal.

Nos aeroportos de Brasília e Guarulhos também foi aprovada a paralisação, de acordo com o Sina (Sindicato Nacional dos Aeroportuários) e a Infraero (estatal que administra os aeroportos).


Segundo o sindicato, viracopos tem 2.000 funcionários que trabalham em escala nas áreas de carga, manutenção, segurança, pouso e decolagem. Esses setores devem ter as atividades paralisadas.

O sindicato da categoria informou também que, se a área de operação tiver grande adesão na paralisação, há mais chances de os usuários do aeroporto serem afetados, já que os funcionários trabalham diretamente com a posição de aeronaves, capacidade de sala de embarque, conexões e com os ônibus que transportam passageiros até os aviões.

A Infraero, via assessoria de imprensa, disse considerar que a paralisação não irá afetar os passageiros, mas, caso isso ocorra, fará plano de contingência, com direcionamento de funcionários que não aderirem à paralisação, para que o atendimento continue normalmente.

Segundo Celio Alberto Barros de Lima, diretor-geral do Sina, até sexta pode haver outras assembleias em mais aeroportos para optar pela extensão do movimento.

SEGURANÇA

Os trabalhadores afirmam que, com o atual projeto de privatização dos três aeroportos, o serviço e a segurança aeroportuária podem ficar precários.

"A privatização não garante qualidade, o que já está claro em diversos setores, como o elétrico. Esse processo é leviano", afirmou Lima.

Segundo ele, sem esses aeroportos, a Infraero perderá 75% da arrecadação, mas continuará arcando com os custos do restante da rede. A Infraero não comentou as declarações, sob a alegação de que se trata de empresa estatal, subordinada ao governo federal.

Fonte: / NOTIMP








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