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Reestruturação na Gol



A companhia aérea Gol, presidida por Constantino de Oliveira Júnior, anunciou na terça-feira 13 uma nova estrutura administrativa .

O número de vice-presidências foi reduzido de quatro para três e cortados quatro dos 25 diretores.

Esta é a terceira reestruturação no comando da empresa em três anos. A medida é uma resposta aos resultados ruins deste ano: a Gol, que já tivera uma queda acentuada de sua lucratividade em 2011, anunciou prejuízo de R$ 358 milhões no segundo trimestre, o que levou Constantino Júnior a defender um severo corte de custos para que os balanços voltem ao azul em 2012.

Além disso, a Gol se prepara para o novo cenário de maior competitividade no setor aéreo, com o surgimento da Latam, resultado da fusão entre a concorrente brasileira TAM e a chilena LAN, e a expansão da empresa de baixo custo Azul.

Menos comandantes na Gol

A Gol Linhas Aéreas Inteligentes anunciou, na terça-feira 13, uma nova estrutura administrativa. Ela reduziu as diretorias de 25 para 21, e cortou uma das quatro vice-presidências. A iniciativa visa a aumentar a agilidade na tomada de decisões da companhia. O comportamento das ações não tem sido bom. No ano, os papéis acumulam uma queda de quase 50%, reflexo do aumento consistente dos preços dos combustíveis e das perspectivas de desaquecimento da economia mundial, que podem reduzir significativamente o faturamento das companhias aéreas em geral. Leonardo Pereira, vice-presidente de finanças, relações com investidores, estratégia e TI da Gol conversou com a DINHEIRO.

Leonardo Pereira: em busca da agilidade perdida

Qual é o objetivo dessa mudança na estrutura gerencial da Gol?

Queremos agilizar nossas decisões. No princípio, a Gol era uma companhia muito ágil para decidir, e, agora que crescemos, queremos resgatar os pontos positivos que tínhamos antigamente, e esse é um deles.

A nova estrutura vai ajudar a empresa a reduzir custos?

Vai ajudar a reduzir custos, sim, mas, indiretamente, por meio de uma agilidade maior na tomada e na implementação das decisões. Mas esse não é o objetivo principal da nossa reestruturação.

A empresa avalia em quanto pode ser essa economia?

Sim, nós temos uma estimativa de quanto vamos economizar, mas não queremos discutir publicamente essa questão agora.

Quantos funcionários saem da empresa com a decisão?

Apenas cinco: os quatro diretores e uma vice-presidente. Algumas dessas pessoas já pensavam em deixar a companhia, então o que fizemos foi apenas não realizar novas contratações.

A empresa estuda reestruturar outros departamentos?

Não, o processo está concluído.

Está sendo tomada mais alguma medida de corte de custos?

Sim, mas o plano de redução de gastos que anunciamos recentemente não tem ligação com essa nova estrutura.

Muda algo na aquisição da Webjet?

Não muda nada, tudo prossegue como o planejado.

A Gol está transformando o Smiles em uma companhia independente. Isso ajuda a compensar as perdas cíclicas do setor?

Sim. Todo programa de relacionamento é um atenuante para as variações de qualquer empresa aérea. A Gol busca inclusive dar mais autonomia para esse programa para torná-lo mais maduro.

Vocês planejam separar o Smiles da Gol?

Consideramos que o Smiles é um programa muito relevante e queremos que ele cresça, mas ainda não pensamos se vamos ou não realizar um spin-off dessa unidade.

Fonte:
/ NOTIMP

Foto: Luis Argerich








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