Puma Air para de voar e deixa dívidas
Pouco mais de um ano depois de iniciar operações, a Puma Air, com sede no Pará, parou de voar deixando mais de R$ 22 milhões em dívidas, informa reportagem de Mariana Barbosa para a Folha.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A empresa não voa desde maio. Até meados de agosto, cerca de 20 mil passageiros foram reacomodados em voos de outras companhias, como manda a lei. Mas a verba de reacomodação acabou.
A Folha apurou que o presidente da Puma, Gleison Gambogi, não aparece na empresa há mais de um mês. Ele não atende telefone nem responde emails de diretores, ex-diretores ou funcionários.
Empresa do general angolano Higino Carneiro, ex-ministro de obras públicas e um dos homens mais ricos do país, a Puma nasceu para fazer voos regulares para Angola.
A empresa operava com um Boeing 737, com voos de São Paulo para Macapá e Belém. A segunda aeronave está parada no Peru desde maio por falta de manutenção.
Segundo relato de dois executivos da empresa, em uma troca de emails Carneiro teria demonstrado ter sido traído por Gambogi. Disse que já tinha feito três pagamentos para o aluguel inicial do segundo avião e que não entendia a demora na liberação.
Apesar de ser o homem por trás do negócio, Carneiro detém só 20% da Puma --limite máximo para capital estrangeiro no setor.
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