IATA: América Latina alavanca transporte aéreo global
Alberto Komatsu .
A América Latina, especialmente o Brasil e outros mercados emergentes como a Índia, foram os principais colaboradores para o crescimento de 5,9% no transporte aéreo mundial de passageiros em julho, ante igual mês de 2010, apesar do cenário de crise econômica mundial. No ano, a expansão global está acumulada em 6,4%.
Os dados foram divulgados ontem pela Associação Internacional do Transporte aéreo (da sigla em inglês Iata). A entidade, contudo, fez um alerta para sinais de desaceleração, com o recuo de 0,4% na demanda por carga aérea global no mesmo período de comparação.
A performance da América Latina foi a mais vigorosa, segundo os dados da Iata. Considerando-se voos domésticos e internacionais, o crescimento total da região foi de 12,1%. O Oriente Médio veio logo atrás, com aumento de 9,8%. Europa (8,5%), Asia Pacífico (4,7%), África (4,3%) e América do Norte (2,8%) vieram logo em seguida.
"O crescimento da América Latina é muito puxado pelo Brasil, cuja expansão foi influenciada pelo crescimento do PIB e da valorização do real", diz o especialista em aviação da consultoria Bain & Company, André Castellini. "O forte crescimento do mercado doméstico brasileiro contribuiu para as companhias aéreas da América Latina liderarem o crescimento mundial em julho", acrescenta o relatório da Iata.
Segundo a entidade, o Brasil teve a segunda maior taxa de crescimento nos voos domésticos em julho, com 17,8%. O melhor desempenho foi o da Índia, com 20,6%, seguida pela China (5,1%), Austrália (2,7%) e Estados Unidos (2,1%). No Japão, houve recuo de 16,7%.
Castellini lembra que o crescimento anual de dois dígitos na demanda por voos domésticos dos últimos dois anos, no Brasil, foi sustentado pela intensa disputa por tarifas mais baixas. Este ano, ele estima expansão de 15%. Para 2012, acredita em uma variação entre 8% e 10%.
Nos voos internacionais, o crescimento latino-americano foi de 10,3% em julho, na comparação anual. Logo atrás está o Oriente Médio (9,7%), Europa (9,3%), África (6,6%), Ásia/Pacífico (4,9%) e América do Norte (3,9%).
Fonte: / NOTIMP