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Esforço logístico da FAB equivale a mais de uma volta na Terra

Mais de uma volta na Terra. É esta a distância a ser percorrida pelos caminhões, ônibus, ambulâncias e viaturas da Força Aérea Brasileira para reforçar a defesa da fronteira do país durante a Operação Ágata 2. No total, serão 54.000 Km percorridos para tornar possíveis as operações a partir de Santa Rosa (RS), Maringá (PR) e Dourados (MS), cidades para as quais a FAB deslocou tropas de solo, caças, helicópteros, aviões de transporte e até um Veículo Aéreo não-Tripulado (VANT).

De acordo com o Coronel Renato Prata, responsável pela logística das operações aéreas na Ágata 2, foram transportados para os pontos avançados desde armamentos até a alimentação dos militares envolvidos, inclusive os pilotos e a tropa terrestre. "Ficamos independentes de apoio e podemos passar dias em operação sem precisar de ressuprimento", afirmou. Foram mais de 60 toneladas de carga em 600 m³ de volume, entre barracas, geradores, alimentação, antenas, banheiros e outras estruturas.

Apesar de a FAB possuir aeronaves que poderiam levar todo o material necessário, o transporte terrestre foi escolhido para reduzir custos. "Outra vantagem é que os nossos meios aéreos ficaram disponíveis para outras missões", disse o Coronel Prata. Os comboios partiram do Rio de Janeiro, São Paulo, Campo Grande (MS), Canoas (RS) e Santa Maria (RS), cidades onde a FAB tem Bases Aéreas e outras Organizações Militares que participam da Operação.

Banho quente e alimentação de qualidade

Para o Tenente Wallace Ribeiro, chefe da estrutura de apoio em solo em Santa Rosa (RS), oferecer conforto para os envolvidos na Operação é fundamental. "Um piloto pode cumprir uma missão de madrugada e ele sabe que quando chegar vai poder tomar um banho quente, o que é muito importante principalmente aqui na região sul", avaliou. As condições das barracas também são importantes para evitar doenças e desconforto.

O Tenente Ribeiro destaca ainda a qualidade da alimentação oferecida. "A ideia é que o pessoal possa se recuperar e esteja pronto para cumprir suas missões", explicou. Para fornecer quase 300 refeições todos os dias, a FAB utiliza o RODOMAPRE na Ágata 2, versão automotiva do Módulo de Alimentação de Pontos Remotos (MAPRE), sistema desenvolvido pela FAB que utiliza alimentos pré-preparados.

As estruturas montadas em Santa Rosa, Maringá e Dourados são chamadas de Unidades Celulares de Intendência (UCI) e envolvem módulos de alojamentos, sala de estar, banheiros, centros de controle, salas de atendimento médico e até lavanderias. "Nossa missão é que os militares envolvidos se sintam em casa", resume o Tenente Ribeiro.

No esforço logístico da Operação Ágata 2, a Força Aérea Brasileira envolveu a Diretoria de Intendência (DIRINT), o Depósito de Aeronáutica do Rio de Janeiro (DARJ), o Centro do Correio Aéreo Nacional (CECAN), o Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), o Hospital de Aeronáutica de São Paulo (HASP), o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), o 1º Grupo de Comunicações e Controle (GCC) e a Diretoria de Tecnologia da Informação da Aeronáutica (DTI), além das Bases Aéreas de Santa Maria (BASM) e Canoas (BACO), subordinadas ao Quinto Comando Aéreo Regional (COMAR V), e a Base Aérea de Campo Grande (BACG), subordinada ao Quarto Comando Aéreo Regional (COMAR IV).

Para o Coronel Prata, o grande desafio foi a coordenação de todos os comboios. "E deu tudo certo. Quando a primeira aeronave pousou, a estrutura em solo já estava pronta", concluiu.


Fonte: Agência Força Aérea








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