PF se equipa para garantir seguranças em aeroportos do Rio
Para coibir crimes internacionais e garantir a segurança e tranquilidade dos milhares de passageiros que passam diariamente pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, a Polícia Federal e a Infraero estão investindo pesado em tecnologia e investigação. A atenção dos agentes está tão voltada para a principal porta de entrada do País, onde apenas no mês de julho seis pessoas acusadas de tráfico internacional de drogas foram presas ao tentar embarcar com entorpecentes.
Segundo a Infraero, serão investidos R$ 8,4 milhões na compra de equipamentos para o aeroporto até 2016. Entre os projetos, destaca-se a compra de aparelhos de raio-X para fiscalizar bagagens de mão e malas. Até as Olimpíadas, serão 34 novos equipamentos mais modernos. Em julho, o terminal recebeu 10 novas máquinas.
Os agentes da PF reforçaram as rondas pelos saguões e setores de embarque e desembarque. Em ações ostensivas (com uniformes e armas) ou infiltrados entre passageiros, os policias da Delegacia Especial do Aeroporto Internacional (Deain) conciliam informações com observação. É através de comportamentos característicos (nervosismo, inquietação), que os agentes conseguem identificar suspeitos.
Diferente do tráfico das favelas, onde os criminosos lucram com a quantidade vendida, as "mulas" do tráfico internacional ganham pela qualidade do entorpecente que levam do Rio para outros países, principalmente africanos. Em um mês, cerca de 10 kg de pasta-base de cocaína - o alto teor de pureza da droga rende 10 vezes após o refino.
Para levar a droga ao destino final, os traficantes buscam as mais inusitadas formas de disfarce. As fotos de flagrantes feitos pelos agentes apontam drogas escondidas em forros de malas, diluídas em vinho, recheio de bombons, enchimento no corpo, telas de quadros, embalagens de sucos e no estômago.
Monitoramento além do olho humano
Um programa de segurança foi inaugurado mês passado: o Centro de Gerenciamento Aeroportuário (CGA), que integra a Infraero e outros seis órgãos ligados à aviação civil, como Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Polícia Federal, Receita Federal, Vigilância Sanitária, Vigilância Agropecuária e empresas aéreas.
O núcleo monitora o aeroporto para melhorar o funcionamento. No CGA, funcionários acompanham a movimentação através de 10 monitores ligados às câmeras de vigilância e de 13 computadores.
Outro projeto está sendo testado no Terminal 1. Câmeras foram instaladas no setor de desembarque de bagagens, para que os passageiros acompanhem, através de telas de LCD, a trajetória das malas desde a saída da aeronave até a entrada na esteira. Foram investidos R$ 17 mil.
Fonte: / NOTIMP