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Com custo elevado e tarifa menor, Gol tem prejuízo de R$ 359 mi



Preço do petróleo, mão de obra e maior competitividade têm impacto no balanço .

MARIANA SALLOWICZ .

Com custos mais altos, como petróleo e mão de obra, redução no preço de tarifas e forte competitividade, a Gol encerrou o segundo trimestre com prejuízo de R$ 358,7 milhões -quase seis vezes a mais do que o resultado negativo do mesmo período de 2010, de R$ 51,9 milhões.O desempenho também ficou abaixo do apresentado nos três primeiros meses do ano, quando a companhia teve lucro de R$ 110,5 milhões.

"A recuperação ocorrerá em razão da nossa capacidade de reduzir custos", afirmou o fundador e presidente da companhia, Constantino de Oliveira Junior.
A empresa anunciou diminuição de cerca de R$ 650 milhões nas despesas. As medidas, que vão do aumento da eficiência ao crescimento na utilização da frota, terão impacto completo nos 12 meses de 2012.

A Gol informou que não prevê corte de emprego. No primeiro trimestre, havia fechado 1.100 postos para reduzir custos.O executivo disse ainda que o segundo trimestre é "tradicionalmente o de menor demanda do setor". Sobre a crise financeira internacional, Oliveira Junior considera que ela não irá afetar a demanda interna do setor aéreo. A empresa prevê crescimento de 12% a 18% no mercado doméstico em 2011.

Após o anúncio do balanço, as ações da Gol na Bovespa tiveram queda de 1,5%. Já as da TAM subiram 6,06%.A concorrente anunciou na quarta que encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 60,3 milhões, revertendo prejuízo de R$ 174,8 milhões entre janeiro e março.

TARIFAS

O presidente da empresa disse ainda que "yield" (indicador que reflete o preço das passagens) deve subir "entre 4% e 5% nos próximos meses ou trimestres".
De abril a junho deste ano, o indicador do Gol teve queda de 13,8% ante o segundo trimestre de 2010.

"Na medida em que alguns custos estruturais continuam subindo, é natural que haja um recuperação de preços", afirmou Oliveira Junior.
Segundo ele, a alta não significa necessariamente aumento de tarifa na mesma proporção.

A TAM também anunciou recuperação de 5% no "yield" no terceiro trimestre.


Empresa quer incorporar Webjet ao balanço no terceiro trimestre

A Gol espera incorporar a Webjet a seus resultados a partir do terceiro trimestre deste ano. O negócio foi anunciado no mês passado.

"Estamos esperando a autorização da Anac [Agência Nacional de Aviação Civil] para concluir a operação", disse Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol.

Segundo ele, o pleito deverá ser avaliado nas próximas semanas. "Depois poderemos assumir a companhia e aguardar a posição do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica]."

De acordo com o executivo, a dívida da Webjet de R$ 214,7 milhões, será incorporada ao balanço da Gol, que não deverá ter o resultado deteriorado por isso.

Em relação à marca Webjet, a Gol anunciou que ainda está em estudo se ela irá desaparecer, mas que ainda não há uma definição sobre o assunto.

No mês passado, o presidente havia informado que iria se desfazer dela. A companhia anunciou ainda um programa de recompra de até 10% de suas ações preferenciais (sem direito a voto).

Fonte: / NOTIMP

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Prejuízo da Gol dispara e aérea anuncia plano de corte de custos

Camila Dias

SÃO PAULO - O aumento dos custos operacionais - principalmente combustíveis - e a competição mais acirrada no mercado brasileiro levaram a Gol Linhas Aéreas a ter prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no segundo trimestre, quase sete vezes maior que a perda de R$ 51,9 milhões de igual período do ano passado.

Diante disso, a companhia anunciou um plano para a redução de cerca de R$ 650 milhões em despesas, que deve ter impacto completo em 2012. Segundo a companhia, as diretrizes básicas do plano incluem ampliar serviços de venda de produtos a bordo; aumentar a utilização da frota e readequar as tripulações de acordo com as capacidades; devolução as aeronaves B767, que não fazem parte da operação central; redução de despesas de manutenção por um acordo com a Delta Tec; e economia de combustível em função de investimentos em tecnologia nas aeronaves, com turbinas que reduzem o consumo em cerca de 2%.

A receita líquida da aérea caiu 1,5% no segundo trimestre na comparação anual, para R$ 1,566 bilhão. Os custos e despesas operacionais, em contrapartida, aumentaram 19,8% no período, para R$ 1,837 bilhão. O caixa da companhia chegou ao final do segundo trimestre em R$ 2,067 bilhões, ou 29% da receita líquida dos últimos 12 meses. De acordo com a ol, o caixa representa cerca de seis vezes a dívida com vencimento nos próximos 12 meses.

A taxa de ocupação média do grupo atingiu 66,5% no segundo trimestre, 6,2 pontos percentuais acima de igual período em 2010, mas 5,8 pontos abaixo dos 72,3% de ocupação nos primeiros três meses do ano. Os yields da companhia apresentaram queda de 13,8% de abril a junho na comparação anual, para 18,21 centavos de real, em função do crescimento da oferta doméstica da indústria em 14,4%. Em relação aos primeiros três meses do ano, o yield caiu 8,2%.

Segundo comunicado, com a implementação das medidas de redução de custo anunciadas, a Gol deverá voltar a "dar retorno adequado aos seus acionistas já em 2012".

Fonte:

Foto: Luis Argerich








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