Buscas encerradas: Helicóptero que caiu no mar é resgatado em Macaé
Investigação sobre o acidente continua e não tem prazo para acabar .
Cláudia Alcantara .
O helicóptero que caiu na bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro, na sexta-feira (19), foi retirado do mar no domingo (28) por embarcações da Petrobras. Os destroços da aeronave já foram entregues ao Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da FAB (Força Aérea Brasileira), onde será feita a perícia. A informação é da assessoria da FAB.
A análise das peças da aeronave é um ponto importante para o processo de investigação. A assessoria da FAB informou que não há prazo para conclusão do processo, mas a média mundial de duração de investigação de acidentes aeronáuticos é de 18 meses. A FAB destaca que esse levantamento é para fins de prevenção. E acrescenta que ao longo do estudo podem surgir recomendações para evitar acidentes que devem ser seguidas pelo mercado.
Concluída a análise dos destroços pela Comissão de Investigação, a aeronave será entregue a Delegacia de Macaé (123ª DP), também no norte fluminense, para que sejam usados no processo policial. Se a autoridade policial não julgar necessário assumir a guarda dos destroços, o material será entregue para a empresa responsável pela aeronave.
A buscas pelos destroços foram interrompidas por cinco dias por causa da ressaca que atingiu o litoral do estado. Desde terça-feira (23) os dois navios da Petrobras que participavam da tentativa de remoção do aparelho, a 100 km da costa. Ao todo foram mobilizadas 26 embarcações da Petrobras e um navio da Marinha do Brasil, além de embarcações de mergulho e unidade equipadas para intervenções submarinas.
Queda no mar
O helicóptero, a serviço da Petrobras, pediu autorização para um pouso de emergência no aeroporto de Macaé, norte fluminense. O Plano de Emergência da Bacia de Campos foi acionado assim que a torre de comando do aeroporto de Macaé perdeu o contato com a aeronave, por volta das 17h da última sexta-feira.
A aeronave transportava os passageiros Ricardo Leal de Oliveira, de Rio das Ostras (RJ), auxiliar técnico de planejamento da empresa Engevix; e João Carlos Pereira da Silva, de Campos dos Goytacazes (RJ), técnico de inspeção da empresa Brasitest; além do piloto Rommel Oliveira Garcia, do Rio de Janeiro (RJ); e do co-piloto Lauro Pinto Haytzann da Sênior Táxi Aéreo, de São Paulo (SP).
A empresa petrolífera recomendou que todas as aeronaves do mesmo modelo permaneçam no solo. Neste sábado (20), haverá uma reunião entre representantes da companhia e representantes da empresa fabricante do helicóptero, que virão da Itália.
O resgate
A Petrobras informou que encontrou na madrugada de domingo (21) o corpo da quarta vítima do acidente. O resgate, feito pelas equipes técnicas da Petrobras, FAB (Força Aérea Brasileira) e Marinha, foi concluído à tarde. Os três corpos encontrados anteriormente foram localizados no fundo do mar, a 99 m de profundidade e a 100 km da costa.
As buscas mobilizaram dois helicópteros, um avião e um navio-patrulha das Forças Armadas, além de 26 embarcações, sendo 11 equipadas com robôs submarinos, seis helicópteros e diversos especialistas em engenharia submarina e oceânica da Petrobras.
Fonte: / NOTIMP