Associação Brasileira de Catalineiros elege novo presidente
A Associação Brasileira de Catalineiros (ABRACAT) elegeu, no sábado (20/08), seu novo presidente, Suboficial João Alfredo de Oliveira. O evento foi realizado no auditório do Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE) e reuniu cerca de 80 veteranos que operaram o lendário PBY Catalina, aeronave anfíbia responsável pelo desbravamento e desenvolvimento da região amazônica nos idos de 1944.
Cheios de disposição e muitas histórias para contar, os membros da ABRACAT aclamaram por unanimidade a nova chapa, composta, em sua maioria, pela mesma equipe que vem conduzindo os trabalhos da Associação. O Suboficial Alfredo, antigo secretário, assume a presidência com a missão de recolocar a placa de bronze na Base Aérea de Belém (BABE) em homenagem aos tripulantes do FAB 2068 (C-47 Douglas que se acidentou em 1967, próximo a Jaburá (AM)), e de conquistar a tão sonhada sede para os encontros e reuniões do grupo.
“Estou muito feliz de ter sido conduzido à presidência da ABRACT. Todos os membros podem ter certeza da continuidade do trabalho sério e comprometido em prol da memória e da história dos heróis da FAB e do Correio Aéreo Nacional”, garante Alfredo.
"É motivo de muita satisfação continuar trabalhando pela memória dos catalineiros. Deixo a presidência mas não deixo a luta. Enquanto tiver energia, me coloco à disposição deste grupo que tanto fez e faz pelo desenvolvimento da Amazônia. Ser catalineiro é fazer parte da história do Brasil”, comemora o ex-presidente da associação, Suboficial Antônio Lemasnki.
Atuação do Catalina na Amazônia
O apoio que a FAB presta a diversas localidades da Amazônia e toda a obra de assistência e integração na imensa área do território nacional é fruto do trabalho pioneiro do Correio Aéreo Nacional (CAN), iniciado em 1935, que exerceu importante papel na fixação do elemento humano na região, além de proporcionar melhores condições de vida e integração a inúmeros grupos sociais.
Em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, o antigo Ministério da Aeronáutica adquiriu os aviões Catalina para o patrulhamento do litoral brasileiro, que chegou até a afundar submarinos alemães. Após o conflito, eles foram modificados para uma versão de transporte, destinados a operar nas linhas amazônicas. Essa medida possibilitou ao CAN um considerável aumento e melhoria no atendimento às populações ribeirinhas do Amazonas e seus afluentes, dadas suas características de poder operar com segurança no chão firme e no leito dos rios.
O último exemplar da aeronave encontra-se em exposição no Hangar da Base Aérea de Belém. A ABRACT é composta em todo o Brasil por cerca de 330 membros, dentre pilotos, tripulantes, mecânicos e entusiastas do velho “Pata Choca”.