Antiga Varig promove leilão de bens pós-falência
A Massa Falida da antiga Varig, realizará, no dia 29 de agosto, o primeiro leilão de bens após sua falência. O dinheiro arrecadado será depositado na conta da massa falida, gerida pelo juiz da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, para futuro rateio entre os credores da falida.
O Flex Communication Center (FCC), que compreende as estações de rádio da companhia aérea, está avaliado em aproximadamente R$ 1 milhão e será o primeiro item da massa falida leiloado. De acordo com o sócio do escritório Nogueira, Simão & Bragança, Fábio Nogueira, que assessora a empresa, os leilões deverão ser realizados ao longo dos próximos anos, resultando em um ativo de cerca de R$ 300 milhões.
De acordo com o advogado, este processo não será imediato e dependerá de resolução da Justiça. O escritório, que também cuida da falência da empresa, trabalha em outras frentes para quitar os débitos junto aos credores. Segundo Nogueira, cerca de 30% da dívida da empresa pode ser contestada e a banca já conseguiu a anulação de aproximadamente R$ 800 milhões que eram reclamados pela Receita Federal.
O FCC, unidade de negócios especializada em serviços de radiotelecomunicações para a indústria aeronáutica, permaneceu em funcionamento mesmo depois da falência da antiga Varig. Companhias aéreas como Tam, Gol, Azul Webjet e Trip estão entre seus clientes. Capacitado para operar como prestador de serviços de tráfego aéreo, o FCC conta com bases em aeroportos nas cidades de Santo Ângelo (RS), Passo Fundo (RS), Caxias do Sul (RS), Chapecó (SC) e Cascavél (PR) – todas categoria A –, além da estação de rádio do Rio de Janeiro, categoria B, que promove facilidades de transmissão de mensagens administrativas.
Até o final do ano está previsto também o leilão do centro de treinamento de aeronautas da empresa, que está entre os maiores da América Latina. A unidade destaca-se por sua estrutura e sua localização estratégica, já que fica próxima ao Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. O centro é utilizado por outras companhias aéreas para treinamentos, cursos e simulações de voos. Suas atividades também foram mantidas após o processo de falência, a fim de evitar a desvalorização dos ativos e prejuízos a terceiros e aos usuários de transporte aéreo.
Fonte: Revista Consultor Jurídico