Setor aéreo brasileiro é o que mais cresce no mundo em 2011
Em junho, o número de passageiros nos voos aéreos no Brasil aumentou 15,1%, o maior nivel globalmente. Mas ficou abaixo dos 25,2% de alta ocorrida em maio. Autoridades brasileiras repetem no exterior que o caos nos aeroportos ocorre porque o país está bem, ou seja, há mais gente com mais dinheiro e viajando.
Seguindo o Brasil está a India, com 14% de alta no número de passageiros nos voos nacionais em junho, refletindo igualmente o crescimento econômico e aumento da classe média.
A China, com o segundo maior mercado doméstico, registrou alta de 5% no número de passageiros, mas ainda tem um potencial enorme. A diferença com outros emergentes é que a China primeiro planeja a expansão dos aeroportos e depois vem o maior número de passageiros. Os EUA, que representam mais de 50% dos voos domésticos globalmente, teve alta de apenas 1,3% em junho.
Conforme a IATA, as companhias aéreas que registram o maior crescimento são as da América Latina, se beneficiando tanto do mercado doméstico como de forte desempenho nos mercados internacionais.
De fato, também nos voos internacionais a América Latina se destaca, com o maior crescimento globalmente. A alta foi de 14,3% em junho. É inferior aos 21,3% de maio por causa da erupção do vulcao Puyehue, no Chile, que reduziu ligeiramente os voos na região.
Globalmente, o número de passageiros aumentou 4,4% em junho, mas as companhias registraram queda de 3% no transporte de cargas refletindo menor comércio internacional.
A tendência pela demanda dos passageiros continua em alta, mas o ritmo diminuiu e a expectativa é de fechar com crescimento de 10%. É que os preços das passagens aumentaram por causa do custo da gasolina e também de maior taxação em alguns países.
Quanto ao tansporte de cargas, só houve expansão em junho na América Latina, de 3,5%, e no Oriente Médio, de 3,7%. No resto do mundo, houve queda.
A IATA projeta lucro de apenas US$ 4 bilhões para as companhias aéreas em 2011, uma queda de 78% em relaçao aos US$ 18 bilhões obtidos no ano passado. O faturamento é estimado em US$ 598 bilhões, com margem liquida de 0,7%. O problema é o custo maior com combustíveis, com fatura de US$ 176 bilhões este ano.
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