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Recife: Os novos fingers



Entraves burocráticos do governo, impasses entre as empresas que venceram a licitação, erro na compra de material, desconforto e uma prolongada espera para os passageiros. O aeroporto Internacional do Recife – Guararapes-Gilberto Freyre somente concluiu no início deste mês a implantação das últimas quatro das 11 pontes de embarque. Foram nada menos do que sete anos para a instalação desses fingers, comprados no pacote com mais outros sete, em operação desde a expansão do terminal, inaugurada em 2004.

O contribuinte terminou mais uma vez pagando caro pelo atraso. A implantação das últimas pontes, anunciada em 2008, estava orçada em R$ 8,75 milhões. A obra terminou incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo de 2014 ao custo de R$ 12 milhões, ou seja, R$ 3,25 milhões a mais pagos com o dinheiro público.

Com os novos fingers, o passageiro ganha em conforto e segurança, pois será reduzido o número de embarques e desembarques remotos por ônibus até a aeronave estacionada na pista. Um estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), todavia, mostra que o aeroporto dos Guararapes está próximo da saturação e novos investimentos deverão ser feitos até o Mundial.

Uma das principais obras de infraestrutura de Pernambuco para a Copa, o aeroporto do Recife atinge este ano – dois antes do previsto – a sua capacidade operacional de 5 milhões de passageiros/ano. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) já prevê a construção de mais duas ou três pontes de embarque e desembarque até 2012, para atender o crescimento da demanda do turismo e do crescimento econômico de Pernambuco. Mas o projeto ainda está no papel. O que é preocupante, pelo precedente dos fingers recém-inaugurados.

Muitas obras ainda serão necessárias até o Mundial. A segurança também está em jogo. A Infraero tem que construir a nova torre de controle, de 31 metros de altura, orçada em R$ 18,9 milhões. A atual é apertada e o acesso ainda é através de escadas. O prazo de início das obras é janeiro de 2012, mas a licitação sequer ainda foi feita, o que compromete o cronograma.

Para maior segurança nos pousos e decolagens foi anunciado o serviço de recuperação da pista de pouso principal e das pistas secundárias, no valor de R$ 21 milhões. Outra melhoria será a requalificação do edifício-garagem do terminal, com mudança das catracas de acesso. Mas a Infraero não prevê, infelizmente, a melhoria nas rampas de acesso do estacionamento, que foram mal projetadas: veículos maiores têm dificuldade de fazer a curva na subida ou na descida e as marcas de pintura dos automóveis estão por toda a parte na parede.

Tendo em vista a saturação do aeroporto do Recife, talvez deva se fazer com urgência um estudo sobre a viabilidade do remodelamento e reativação do antigo prédio, desativado desde 2004, com vistas a oferecer o conforto necessário aos turistas e às delegações de atletas e profissionais que desembarcarem na capital pernambucana para a Copa de 2014.

Fonte: / NOTIMP









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