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Panes atrasam voos e desafiam empresas aéreas



Criação de novos sistemas de check-in seria saída para evitar caos nos embarques nos Aeroportos .

Atrasos, compromissos perdidos, desculpas públicas e ameaças de aplicação de penalidades. Essas são as consequências de uma pane no sistema de check- in da Gol no Aeroporto de Congonhas, que atrasou 357 voos da companhia na terça-feira e que expõe, mais uma vez, o grau de dependência da tecnologia para a execução de tarefas que, um dia, não eram automatizadas.

Sistemas de computador a prova de falhas não existem, avisa Guilherme Porto, presidente da Prosoft, empresa que cria softwares e atende o setor aéreo. São muitas as variáveis que podem provocar o problema:

– Se considerarmos um índice de eficiência de 99,5%, ao longo de um ano, um sistema poderia ficar indisponível durante 43 horas. Mas existem mecanismos que podem tornar as redes mais seguras. Um deles é garantir uma contingência, ou seja, duplicar os equipamentos para que, quando um falhe, outro assuma automaticamente.

O desafio é descobrir onde ocorrerão as falhas antes que elas aconteçam.

– Há uns 15 anos, havia sistemas de hardware 100% redundantes. Tudo que um computador fazia era duplicado em outro. Com o tempo, descobriu-se que o hardware era uma pequena parte do problema. A maioria das vezes, o problema era falha humana, como a execução de um comando errado – revela Eduardo Gallo, presidente da Service IT, que presta assistência a empresas aéreas.

Segundo a Gol, o problema na última terça-feira foi uma queda na rede que atende a empresa no Aeroporto de Congonhas, mas o motivo que provocou a falta de acesso ao sistema ainda não foi identificado.

Para Porto, se a chance de uma pane não pode ser eliminada, a saída seria pulverizar o risco para diminuir as consequências de uma eventual falha:

– Se a empresa tem várias alternativas, como check-in por celular ou no computador, mesmo que um desses sistemas venha a falhar, vão existir outros para assumir a tarefa. Além disso, acabariam as filas gigantes no Aeroporto. Mas nesse caso as empresas aéreas precisam ter ainda mais atenção com seus clientes.

O presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no RS, Régis Bronzatti, avalia que, além das falhas de equipamentos e humanas, há outro fator importante que predispõe a ocorrência de panes, inclusive em serviços essenciais:

– Não adianta apenas implantar os melhores sistemas do mundo em um cenário de péssima infraestrutura. Se a Copa do Mundo fosse hoje, nossa internet não aguentaria o impacto de 500 mil pessoas tentando acessar informações em smartphones. Seria um colapso de serviços além dos Aeroportos.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Mario Ortiz









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