Menos comissários: ANAC afirma cumprir normas internacionais
A Anac e as companhias defendem a segurança das operações com menos comissários e dizem que o procedimento é homologado pelos fabricantes dos aviões .
A Anac informou seguir lei semelhante à de EUA e Europa e que a norma de 2010 corrige "erros de interpretação". Antes, não era claro se o número de comissários deveria se basear no número de lugares ou no de portas.
A Webjet afirma seguir a lei e treinar a tripulação para operar com três tripulantes. Diz ainda estar amparada em lei ao orientar passageiros sobre a necessidade de ajudar em caso de emergência.
A TAM diz que, embora possa manter três comissários, opta por ter "quatro profissionais a bordo para melhor atender os passageiros".
A Gol informou que o pedido à Anac para operar com três comissários não se deu por planos de cortar tripulação, mas sim para exceções.
"Se hoje estou em Fortaleza e um dos nossos tripulantes passa mal, eu não posso voar. Aí tenho que cancelar voos", disse Adalberto Bogsan, vice-presidente técnico.
A medida, diz, lhe dá a "flexibilidade" de levar a aeronave até uma base onde a tripulação se recomponha.
A empresa não conseguiria implantar a redução em larga escala nem se quisesse, diz Bogsan. Isso porque, afirma, as rotas são integradas e usam dois modelos de avião -Boeings 737-700 e 800.
O primeiro, com 144 lugares, é o que a Gol quer autorização para três comissários. O segundo é proibido por lei de fazê-lo, por ser um avião maior, para 183 passageiros.
A Avianca não respondeu.
Sobre cortar café e leite em voos, a TAM diz ajustar o serviço "constantemente" para evitar desperdício, sem esquecer da "qualidade do atendimento". A Webjet diz que seu modelo "baixo custo, baixa tarifa" é o que permite baratear passagens.
Fonte: / NOTIMP
Foto: Mario Ortiz