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Gol tem pane e atrasa 3 em cada 4 voos no País



Problema no check-in de Congonhas durou 2h ontem e procedimento teve de ser feito manualmente até as 8h30, quando o sistema voltou .

Cida Alves .

Mais de 40% dos voos da Gol Linhas Aéreas sofreram atrasos no início da manhã de ontem por causa de uma queda no sistema de check-in da companhia no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. O problema começou por volta das 6h30 - os procedimentos tiveram de ser feitos manualmente até as 8h30, quando o sistema voltou.

Com o aumento no tempo de atendimento, as filas chegaram até o corredor do desembarque. Por volta do meio-dia, o movimento já era normal no saguão. Entretanto, alguns passageiros ainda esperavam para embarcar.

"Meu voo, que sairia às 11 horas para Brasília, já está uma hora atrasado. Como não há previsão, desisti e vou tentar remarcar para amanhã", contou o funcionário público Ely Azevedo, de 53 anos, que perdeu uma reunião de trabalho. Na fila onde esteve, Azevedo disse que havia pessoas esperando há mais de três horas.

Para quem acabava de chegar ao aeroporto, o sentimento era de confusão. Olhando para o painel de partidas, a aposentada Vera Moura, de 56 anos, tentava entender se conseguiria ou não embarcar para o Rio.

"Cheguei mais cedo por causa desse problema com o check-in, mas ainda não tenho nem ideia de que horas vou viajar", disse. Na tela, o cenário não era animador: dos nove voos da companhia previstos para o início da tarde, apenas um estava com o horário de partida confirmado.

A professora Maria Alice Freitas, de 48 anos, teve o voo para o Rio cancelado. "Colocaram a gente em outro, mas avisaram que haverá atraso de, no mínimo, 50 minutos", adiantou.

Efeito cascata. Os atrasos no início da manhã em Congonhas levaram a um efeito cascata que afetou também outros aeroportos do País. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), até as 19 horas, havia um total de 385 voos atrasados no País - 289 deles, da Gol (75,06%). Dos 67 cancelados, 28 eram da empresa. Às 23 horas, a situação pouco havia mudado: 74,89% dos voos com atraso eram da Gol (358 de 478), assim como 32 dos 81 cancelados.

No início da noite, a Agência Nacional de aviação Civil (Anac) informou ter exigido da companhia explicações públicas em função dos problemas da manhã de ontem. "Em paralelo, a Anac reforçou o monitoramento das atividades da empresa para assegurar a regularidade dos serviços e garantir o cumprimento dos direitos dos passageiros", disse em nota.

Também por nota, a Gol lamentou o desconforto causado aos passageiros e esclareceu que o problema se deu porque Congonhas é uma das principais bases de operações da empresa. Acrescentou que os dados da Infraero incluem também voos atrasados e cancelados por manutenções não programadas. A empresa ainda avaliou que o problema foi solucionado de maneira rápida, impedindo impacto ainda maior.

Fonte:
/ NOTIMP

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Gol transtorna clientes

Gustavo Henrique Braga

Como um efeito dominó, uma pane na manhã de ontem no sistema de check-in da Gol, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, levou a atrasos generalizados nos voos da companhia em todo o país — o problema começou pouco antes das 6h. A empresa informou que teve de fazer os atendimentos manualmente, o que aumentou o tempo médio do procedimento, e garantiu que o problema foi solucionado às 8h30. Às 14h, contudo, quase 40% das decolagens ainda partiam após o horário, conforme dados da Infraero.

Concentração

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que, apesar dos transtornos, não há previsão de punições a serem aplicadas à Gol. Para a autarquia, os dados preliminares mostram que a companhia cumpriu com as determinações da Resolução nº 141, que estabelece as obrigações da companhia aérea com os clientes em caso de atraso ou cancelamento de voo. A agência ainda vai avaliar as reclamações recebidas pelos passageiros.

Na avaliação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a pane demonstra a necessidade da discussão da qualidade de serviço prestado pelas companhias aéreas, especialmente diante da recente compra da Webjet pela Gol, em um processo de concentração no mercado. O Idec enviou à empresa e à Anac uma carta com pedido de esclarecimentos em relação à falha. O instituto questiona se a Gol tem algum plano de ação para emergências e se treina seus funcionários para enfrentar essas situações.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Luis Argerich








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