Copa: Setor aeroportuário é um dos principais problemas
Alexandre Rodrigues .
Um dos principais gargalos atuais e preocupação dominante nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014, a infraestrutura aeroportuária ainda está longe de uma solução definitiva.
A avaliação predominante de que há pouco tempo para que a decisão do governo de entregar à gestão privada os principais aeroportos do País reflita em melhorias até o evento foi compartilhada ontem no evento da FGV pelo diretor da Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), Helcio Tokeshi.
Em palestra, Tokeshi demonstrou ceticismo sobre o impacto das concessões de aeroportos e de medidas para acelerar investimentos em outros setores de infraestrutura para a Copa de 2014, como a mobilidade urbana. "Na Olimpíada talvez a gente não passe vexame. Mas para a Copa do Mundo, não adianta se preocupar porque não vale a pena", brincou, referindo-se ao atraso nos cronogramas.
Tokeshi não falou apenas sobre aeroportos, mas admitiu que esse é um dos setores que precisará de soluções temporárias para a logística do evento. Para ele, "ainda há tempo" de se fazer alguma coisa no setor hoteleiro, mas mostrou ceticismo em relação à mobilidade.
Segundo Tokeshi, a EBP deve concluir "antes do fim do ano" os estudos para a modelagem da concessão à iniciativa privada dos Aeroportos Juscelino Kubitschek (Brasília), Viracopos (Campinas) e Guarulhos (São Paulo). No entanto, ele não quis avaliar em quanto tempo o governo fará os leilões. "Isso tem de ser perguntado ao governo. Temos trabalhado para terminar os estudos bem antes do final do ano. As etapas seguintes fogem do nosso alcance."
Há dois meses, o Estado revelou que um estudo da Infraero e da Secretaria de Aviação Civil (SAC) previu inicialmente para maio de 2012 o leilão de concessão dos aeroportos. No entanto, o governo corre para tentar adiantar esse cronograma e vem dizendo que é possível realizar os leilões este ano.
A EBP, empresa fruto da associação do BNDES com bancos privados, foi contratada pelo governo para acelerar os estudos de demanda, engenharia e modelagem financeira dos editais.
Fonte: / NOTIMP
Foto: Andomenda