|

Atletas de ponta são promessas de disputas de alto nível nos Jogos Mundiais Militares

Ary Cunha .

RIO — Longe do campo de batalha, o poderio militar se estabelece por outros parâmetros. A fragilidade que salta aos olhos diante de seus 49kg, distribuídos por 1,52m de altura, não dá a dimensão de como um único disparo dá forças à sargento Langat para atropelar pelotões de elite inteiros. Campeã olímpica dos 1.500m em Pequim-2008, a fundista queniana Nancy Jebet Langat, de 30 anos, é uma das atrações dos V Jogos Mundiais Militares (JMM), cuja cerimônia de abertura acontecerá sábado, às 16h, no Engenhão.

Na ordem unida do esporte, bravura, por si só, não rende medalha. A presença de nomes como Nancy Langat justifica a estratégia brasileira de convocar atletas olímpicos para representar as Forças Armadas. Na linha de frente das 20 modalidades, estão outros campeões olímpicos, como o capitão ucraniano Oleksandr Petriv, ouro em Pequim na pistola de tiro rápido 25m, e a oficial italiana Giulia Quintavalle, judoca campeã na categoria 57kg. A tropa de elite brasileira tem nomes como os sargentos Anderson e Valeskinha, do vôlei, ambos campeões olímpicos, além da marinheira Isabel Swan, bronze na classe 470. Da rigidez dos quartéis à hierarquia dos palcos de competição, desrespeitar patentes faz parte do jogo.

OBJETIVOS: Brasil sonha com medalha na modalidade orientação

O que para os padrões brasileiros pode ser uma novidade, para outros países, como França, Itália, Grécia e Alemanha, faz parte da cultura esportiva. Levantamento feito pelo Conselho Internacional de Esportes Militares (CISM) durante os Jogos de Pequim-2008 mostrou que 755 militares, entre atletas e técnicos, participaram das competições. Um número que pode ter sido bem maior, já que a anfitriã China se negou a fornecer dados para a pesquisa.

Se em Pequim-2008 a delegação verde-amarela teve apenas quatro atletas das Forças Armadas (João Gabriel Schlittler, do judô; Júlio Almeida, do tiro; Jefferson Moreira, do hipismo CCE; e Wagner Romão, do pentatlo moderno), esse número deve se multiplicar em Londres-2012. A delegação anfitriã nos JMM, apelidado de “Jogos da Paz”, tem 268 competidores (159 homens e 109 mulheres).

O Brasil gastou mais de R$ 1 bilhão para organizar os Jogos, estourando o orçamento inicial, e tem metas altamente ambiciosas. Se na última edição dos JMM, na Índia, em 2007, o país ficou em 33 lugar no quadro de medalhas, com duas pratas e um bronze, o sonho agora é de ficar entre os três melhores. Uma tarefa que pode ser facilitada pela ausência da Rússia, maior potência esportiva militar (42 ouros, 29 pratas e 29 bronzes em 2007). Os russos alegaram questões econômicas e não se inscreveram para o evento. Apesar da ameaça de boicote, por conta do caso Battisti, a Itália é aguardada no Rio.

Fonte: EXTRA / NOTIMP









Receba as Últimas Notícias por e-mail, RSS,
Twitter ou Facebook


Entre aqui o seu endereço de e-mail:

___

Assine o RSS feed

Siga-nos no e

Dúvidas? Clique aqui




◄ Compartilhe esta notícia!

Bookmark and Share






Publicidade






Recently Added

Recently Commented