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Período do ano favorece a ocorrência de nevoeiro no Sul do país

No período de transição do outono para o inverno, principalmente na região Sul do país, é comum o registro de nevoeiros e a suspensão momentânea de pousos e decolagens em aeroportos. Para minimizar possíveis impactos, a Aeronáutica realiza um conjunto de ações, como a antecipação de informações meteorológicas para pilotos e empresas aéreas e a instalação de novos equipamentos de auxílio à navegação aérea, dentro de um programa de atualização permanente. Até o ano que vem, novos aparelhos serão instalados nos aeroportos de Curitiba (PR), Bacacheri (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Florianópolis (SC).

A ocorrência de nevoeiro é um fenômeno típico desta época do ano, resultado de uma combinação de fatores como geografia e temperatura baixa, segundo o Comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Curitiba e especialista em meteorologia, Major Carlos Wilson Matschinke. De acordo com ele, a previsão deste tipo de fenômeno é difícil de ser realizada já que em questão de duas ou três horas o nevoeiro pode se formar. “Trata-se de uma condensação na superfície. Curitiba, por exemplo, tem uma posição geográfica que favorece a formação de nevoeiros”, explica.

Os nevoeiros aparecem com mais frequência entre os meses de maio e setembro. Geralmente, surgem durante a madrugada e podem provocar restrições até por volta de 10h. Também podem ser observados em outros períodos do dia. De acordo com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), as informações meteorológicas oferecidas podem ajudar os pilotos e as empresas a planejar os voos e a informar os passageiros a respeito de possíveis limitações decorrentes de fatores climáticos.

Atualização – Investimentos estão sendo realizados no intuito minimizar esse problema. A lista de equipamentos para auxílio à rádio-navegação aérea inclui a instalação de novos VOR (equipamentos de transmissão no solo que permitem ao piloto a determinação da sua posição, orientação em rota e execução de procedimentos de aproximação, através de um receptor a bordo da aeronave que detecta e interpreta a informação), DME (que fornece a distância da aeronave para uma estação em solo), NDB (equipamento que transmite sinais não direcionais no espaço e que permite ao piloto de uma aeronave determinar o seu rumo para a estação de solo), VOR Doppler (um tipo específico de VOR, menos suscetível a obstáculos em solo) e ILS (é um sistema de aproximação por precisão).

Saiba mais:
Aeroporto de Bacacheri - previsão de homologação, até final de 2011, com um novo equipamento de NDB.
Aeroporto de Curitiba – está sendo instalado um ILS - Categoria II na cabeceira 33.
Aeroporto de Foz do Iguaçu - previsão de homologação, até final de 2011 com um novo VOR Doppler e DME. Está prevista também a instalação de um novo NDB.
Aeroporto de Florianópolis – para o 1º semestre de 2012, está previsto um novo Sistema de ILS – Categoria II

Ação integrada – Independentemente dos aparelhos instalados em aeroportos, como o ILS, por exemplo, são necessários investimentos em equipamentos para as aeronaves e treinamento de tripulações, para que, de fato, os auxílios possam ser utilizados no dia-a-dia das operações aéreas. Do contrário, mesmo contando com esses recursos no solo, as restrições para pouso em condições adversas continuarão a existir.

ENTENDA OS EQUIPAMENTOS
VOR – é um auxílio à rádio-navegação de curta distância que permite ao piloto a determinação da sua posição, orientação em rota e execução de procedimentos de aproximação para pouso;

VOR Doppler – tem uma performance melhor que o VOR convencional, sendo utilizado em áreas com obstáculos mais altos;

NDB - é um equipamento similar a uma bússola instalado na aeronave que aponta para uma antena no solo. O piloto, após selecionar sua frequência, orienta sua navegação;

DME - equipamento que fornece a distância da aeronave para uma estação em solo, como por exemplo, a distância que uma aeronave está do aeroporto de destino;

ILS - sistema aproximação de precisão por instrumentos que auxilia o pouso de aeronaves, indicando se a aeronave está no eixo central da pista e no ângulo de descida ideal para pouso.
Categoria I - opera com um teto superior a 60 metros e também com uma visibilidade superior a 800 metros ou alcance visual da pista superior a 550 metros;
Categoria II - opera com um teto entre 30 e 60 metros e alcance visual da pista superior a 350 metros;
Categoria IIIA - opera com um teto inferior a 30 metros ou com teto zero, e com alcance visual da pista superior a 200 metros.

(Clique na imagem para ampliá-la)

Fonte: Agência Força Aérea











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