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Especial: Vulcão cancela voos e lota hotéis em SP



Cinzas de erupção no Chile fecharam aeroportos argentinos e afetaram a malha aérea em parte da América do Sul .

TAM e Gol tiveram que cancelar 51 voos entre o Brasil e aeroportos de Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai .

LUCAS FERRAZ E CRISTINA MORENO DE CASTRO .

O advogado Daniel Guedes, 30, planejou a viagem de férias a Buenos Aires de modo que hoje de manhã pudesse disputar vaga no mestrado de direito constitucional da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal.

Ele perdeu a prova. Guedes foi um entre centenas de brasileiros que não puderam voltar da Argentina ontem.

As cinzas do vulcão chileno Puyehue, que chegaram na madrugada de ontem a Buenos Aires, deixaram fechados, por quase todo o dia, o aeroporto de Ezeiza, na região metropolitana, e o Aeroparque, na área central.

Por medida de segurança, já que as cinzas podem danificar as aeronaves, todas as decolagens e partidas chegaram a ser canceladas.

Voos entre Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile foram afetados. Só no final da tarde, com o tempo melhor, rotas foram retomadas.

TAM e Gol, as duas companhias brasileiras que operam na área afetada pelas cinzas, cancelaram ontem pelo menos 51 voos.

Apenas uma aeronave decolou ontem de Ezeiza rumo ao Brasil. Outra partiu, já à noite, do Aeroparque.

SÃO PAULO

Em São Paulo, passageiros que ficaram sem voo também não tinham onde ficar -faltaram vagas em hotéis.

No aeroporto de Cumbica, 40 voos foram cancelados até as 22h -partidas e chegadas de e para Santiago, Buenos Aires, Montevidéu e Lima, de companhias nacionais e estrangeiras.

O posto da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) ficou cheio. Passageiros se queixavam de falta de informação e pediam vale-alimentação e hospedagem, obrigações das companhias.

Um grupo de argentinos e uruguaios procurou a TAM para pedir hospedagem para 30 pessoas em hotel.

"Não compreendemos por que a empresa não nos assiste e nos manda a um hotel ou dá uma alternativa de viagem", reclamou o advogado José Agustin Pernigotti, 52, que vinha de Nova York e ia para Buenos Aires.

A TAM, assim como a Gol, disse que não conseguiu hotel para acomodar todos.

O Snea (sindicato das empresas) avisou a Anac sobre o problema -passageiros da Grande SP eram orientados a voltar para casa; quem era de outro Estado deveria buscar a casa de parentes.

Havia vagas em hotéis quatro e cinco estrelas em São Paulo, segundo a associação do setor. Já os econômicos e os do entorno de Guarulhos ficaram lotados.

Fonte: / NOTIMP

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Caos nos Aeroportos

Pelo menos 270 voos – 60 no Brasil – foram cancelados em seis países atingidos pelas cinzas, que oferecem risco aos aviões

A nuvem de cinzas que vem sendo expelida pelo vulcão chileno Puyehue desde sábado causou um dia de caos nos aeroportos de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. Pelo menos 270 voos foram cancelados na região por causa da presença no ar de material vulcânico, que oferece alto risco aos aviões.

Desde a crise área de 2007 não se via no Brasil um índice tão alto de cancelamentos de voos internacionais – das 164 partidas programadas até as 19h, 60 (ou 36,6% do total) não ocorreram.

Só a TAM teve 35 voos cancelados, enquanto a Gol Linhas Aéreas cancelou 19. Brasileiros que estavam em Assunção, Buenos Aires, Montevidéu, Santiago e Lima não conseguiram voltar para casa – a maioria espera ser realocada em voos durante a semana.

Em Bariloche, um dos principais destinos turísticos da Argentina, quase todas as residências ficaram sem energia elétrica e água. A expectativa é de que a situação melhore a partir de hoje – na tarde de ontem, aeroportos de Argentina e Chile voltaram a funcionar, mas, por precaução, a maioria das empresas preferiu não voar.

O Aeroporto de Guarulhos foi o mais prejudicado no País, com 43% de cancelamentos até as 19h. No fim da tarde, companhias aéreas não conseguiam encontrar quartos de hotéis suficientes na capital paulista para abrigar passageiros prejudicados – al - guns tiveram de ser abrigados em estabelecimentos no litoral paulista.

NO CÉU GAÚCHO

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que as cinzas chegaram ao Rio Grande do Sul, em uma faixa de 5.500 a 7.600 metros de altitude. Detectada pelos meteorologistas na observação de imagens de satélites, a passagem da fuligem não foi notada pelos gaúchos e nem interferiu em suas atividades. Uma sala de crise chegou a ser montada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), de empresas aéreas e meteorologistas.

"Estamos em contato direto com o centro de controle dos EUA e Argentina, que enviam boletins para ajudar nas decisões", diz o diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins. "O problema é que as cinzas são abrasivas e podem danificar equipamentos dos aviões e levar a uma pane elétrica."

Fonte: / NOTIMP

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Cinzas afetam voos no Brasil

CHILE: Erupção do vulcão Puyehue provoca o maior número de cancelamentos nas partidas internacionais desde a crise Aérea de 2007

A nuvem de cinzas que vem sendo expelida pelo vulcão chileno Puyehue desde o último sábado causou ontem um dia de caos nos aeroportos de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. Pelo menos 270 voos foram cancelados na região por causa da presença no ar de material vulcânico, que oferece alto risco aos aviões. No Brasil, desde a crise área de 2007 não se via um índice tão alto de cancelamentos de voos internacionais – das 164 partidas programadas até as 19h de ontem, 60 (ou 36,6% do total) não ocorreram.

Só a TAM teve 35 voos cancelados, enquanto a Gol Linhas Aéreas cancelou 19. Brasileiros que estavam em Assunção, Buenos Aires, Montevidéu, Santiago e Lima não conseguiram voltar para casa – a maioria espera ser realocada em outros voos durante a semana.

Em Bariloche, um dos principais destinos turísticos da Argentina, quase todas as residências ficaram sem energia elétrica e água. A expectativa é de que a situação melhore a partir de hoje – na tarde de ontem, aeroportos de Argentina e Chile voltaram a funcionar, mas, por precaução, a maioria das empresas preferiu não voar.

O Aeroporto de Guarulhos foi o mais prejudicado no País, com 43% de cancelamentos até às 19h. No fim da tarde, companhias Aéreas não conseguiam encontrar quartos de hotéis suficientes na capital paulista para abrigar passageiros prejudicados – alguns foram avisados e foram abrigados em estabelecimentos no litoral paulista.

Ainda ontem, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que as cinzas chegaram ao Rio Grande do Sul, em uma faixa de 5.500 a 7.600 metros de altitude. Uma sala de crise chegou a ser montada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, com representantes de Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e companhias Aéreas, além de meteorologistas. “Estamos em contato direto com o centro de controle dos Estados Unidos e Argentina, que mandam boletins para ajudar nas decisões”, diz o diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Ronaldo Jenkins. “O problema é que as cinzas são abrasivas e podem causar danos em equipamentos dos aviões, o que pode levar a uma pane elétrica.”

Em Buenos Aires, portenhos amanheceram com um céu cinzento provocado pelas partículas vulcânicas. Os governos das províncias de Neuquén, Río Negro e Chubut distribuíram máscaras cirúrgicas à população. Em Puerto Madryn, na província de Chubut, às margens do Oceano Atlântico, autoridades recomendaram à população não sair de casa. Assustados, moradores correram às farmácias para comprar máscaras.

Fonte: / NOTIMP

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Força Aérea monitora avanço de nuvem e coordena desvios do tráfego aéreo

Rio - As nuvens do vulcão Puyehue, que entrou em erupção no final de semana no Chile, chegaram ao espaço aéreo brasileiro nesta terça-feira, perto da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), a camada de fumaça está concentrada na faixa de 5.200 a 7.600 metros.

O CGNA, órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), acompanha a evolução da nuvem por meio de informações trocadas com o Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina, instituto responsável, segundo acordos internacionais, pelo monitoramento da situação nessa região do planeta.

“Recebemos informações a cada três horas ou sempre que houver alguma mudança significativa”, afirmou o Major Aviador Antonio Marcio Ferreira Crespo, gerente nacional do fluxo de tráfego aéreo.

O CGNA tem coordenado não só a mudança de destinos das aeronaves, que rumariam para aeroportos sob impacto da nuvem, mas também os desvios necessários que os voos não atravessem a área de risco.

Os dados mais recentes foram apresentados nesta tarde, no Rio de Janeiro, a representantes de empresas aéreas, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

Ao longo do dia, o cenário previsto pelo Volcanic Ash Advisory Centres mudou. Inicialmente, havia a possibilidade de que as cinzas chegassem ao Sudeste do país na noite desta terça-feira e que a camada fosse maior. No entanto, no meio da tarde, a previsão de que o Aeroporto de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, sofresse algum tipo de impacto estava descartada, se mantidas as atuais condições meteorológicas na região. A nuvem estaria restrita à fronteira do Brasil com o Uruguai, em uma altitude mais elevada.

As nuvens vulcânicas apresentam em seu componente material semelhante ao vidro e que, em contato com as turbinas, pode derreter e provocar danos, até o apagamento dos motores das aeronaves, segundo o Tenente Coronel Aviador Flavio Antonio Coimbra Mendonça, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). “Além disso, há o risco da falta de visibilidade e dos gases tóxicos para as tripulações e passageiros”, explica.

Fonte: / NOTIMP

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Cinzas de vulcão do Chile chegam ao Brasil e cancelam dezenas de voos

Rodrigo Brancatelli e Ariel Palacios

A nuvem de cinzas que vem sendo expelida pelo vulcão chileno Puyehue desde sábado causou ontem um dia de caos nos aeroportos de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. Pelo menos 270 voos foram cancelados na região por causa da presença no ar de material vulcânico, que oferece alto risco aos aviões.

Desde a crise Aérea de 2006 e 2007 não se via no Brasil um índice tão alto de cancelamentos de voos internacionais - das 179 partidas programadas até as 20 horas de ontem, 63 (ou 35,2% do total) não ocorreram. A situação melhorou um pouco no fim da noite: às 23h, os atrasos atingiam 30,6% dos voos. Só a TAM teve 35 voos cancelados no Brasil, em Assunção, Buenos Aires, Montevidéu e Santiago. A Gol cancelou 19 partidas das regiões afetadas.

Em Bariloche, um dos principais destinos turísticos da Argentina, quase todas as residências ficaram sem energia elétrica e água. A expectativa é que a situação melhore a partir de hoje - na tarde de ontem, aeroportos de Argentina e Chile voltaram a funcionar mas, por precaução, a maioria das empresas preferiu não voar.

O aeroporto de Porto Alegre foi o mais prejudicado no País, com 80% de cancelamentos de voos internacionais até as 23h. No fim da tarde, companhias Aéreas não conseguiam encontrar quartos de hotéis suficientes na capital paulista para abrigar passageiros prejudicados - alguns tiveram de seguir para o litoral.

Nuvens. Ainda ontem, a Força Aérea Brasileira informou que as cinzas chegaram ao Rio Grande do Sul, em uma faixa de 5.500 a 7.600 metros de altitude. Uma sala de crise chegou a ser montada no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, com representantes de Anac, Infraero e companhias Aéreas, além de meteorologistas. "Estamos em contato direto com o centro de controle dos EUA e da Argentina, que mandam boletins", diz o diretor do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Ronaldo Jenkins. "O problema é que as cinzas são abrasivas e podem causar danos em equipamentos dos aviões, o que pode levar a uma pane elétrica."

Em Buenos Aires, portenhos amanheceram com um céu cinzento provocado pelas partículas vulcânicas. Os governos das Províncias de Neuquén, Río Negro e Chubut distribuíram máscaras cirúrgicas. Em Puerto Madryn, na Província de Chubut, a 800 km de Bariloche, autoridades recomendaram à população não sair de casa. Assustados, moradores correram às farmácias para comprar máscaras. Autoridades também registraram uma corrida aos supermercados para comprar água mineral.

Fonte: / NOTIMP

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Nuvens de vulcão do Chile atingem fronteira com o Brasil, diz FAB

Nuvens se aproximam da fronteira com o Rio Grande do Sul. Voos entre o Brasil e cinco países foram afetados, segundo a Infraero.

Do G1
São Paulo

As nuvens do vulcão Puyehue, que entrou em erupção no final de semana no Chile, chegaram nesta terça-feira (7) ao espaço aéreo brasileiro, informou a FAB (Força Aérea Brasileira). As nuvens atingiram a fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.

Segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), órgão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), a camada de fumaça está concentrada na faixa de 5.200 a 7.600 metros de altitude.

“No momento, as nuvens afetam uma pequena porção do espaço aéreo brasileiro próximo a fronteira com o Uruguai”, informou o major Antonio Marcio Ferreira Crespo, gerente nacional do fluxo de tráfego aéreo.

Segundo ele, há previsão de modificação de rotas e destinos de forma que as aeronaves não pousem em aeroportos impactados pelas nuvens. Até a tarde desta terça, no entanto, o maior impacto nos aeroportos brasileiros está, segundo o major, “muito mais relacionado a problemas meteorológicos do que propriamente em relação a nuvens vulcânicas”.

Fonte: / NOTIMP

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Cinzas do vulcão chileno chegam ao Brasil

Força Aérea Brasileira está monitorando a situação do espaço aéreo

...As nuvens do vulcão Puyehue, que entrou em erupção no final de semana no Chile, chegaram ao espaço aéreo brasileiro nesta terça-feira (7), perto da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), a camada de fumaça está concentrada na faixa de 5.200 a 7.600 m.

O Centro acompanha a evolução da nuvem por meio de informações trocadas com o Volcanic Ash Advisory Centres da Argentina, instituto responsável, segundo acordos internacionais, pelo monitoramento da situação nessa região do planeta. Com isso, é possível coordenar “não apenas a mudança de destinos das aeronaves, que rumariam para aeroportos sob impacto da nuvem, mas também os desvios necessários que os voos não atravessem a área de risco.”

...Em nota, o Centro afirmou que recebe informações “a cada três horas ou sempre que houver alguma mudança significativa”.

A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que está monitorando a situação do espaço aéreo.

Companhias aéreas

Mesmo com a aproximação dos resíduos do vulcão, as companhias aéreas, que já tinham retomado alguns voos nesta tarde, mantêm a previsão de decolagem para esta noite.

Fonte: / NOTIMP

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Um dia de transtornos vulcânicos

Cinzas do Puyehue, que entrou em erupção no Chile, chegaram ao Rio Grande do Sul e levaram à suspensão de voos

Elas criaram um pequeno caos aéreo, com dezenas de voos cancelados – mas não puderam ser vistas a olho nu. As cinzas do vulcão Puyehue, chegaram ontem ao Rio Grande do Sul, três dias após o início da erupção, no Chile.

O fechamento dos aeroportos de Buenos Aires (Argentina), Assunção e Ciudad del Este (Paraguai), Montevidéu (Uruguai) e Santiago (Chile), entre outros, forçou a suspensão de voos das empresas Tam e Gol e de outras companhias com origem ou destino nessas cidades – inclusive partindo de Porto Alegre. A medida foi tomada por precaução: nuvens vulcânicas como a do Puyehue são compostas por material que lembra o vidro e que pode derreter em contato com as turbinas de um avião, provocando o apagamento dos motores. Para agravar a situação, o mau tempo em São Paulo também levou ao desvio de voos com destino à cidade (veja na página 26).

Ontem mesmo, a situação começou a se normalizar. No final da tarde, os dois aeroportos de Buenos Aires, Ezeiza e Aeroparque, foram reabertos. No entanto, segundo especialistas, o vulcão poderá ficar ativo pelos próximos 15 dias, o que pode causar novos impactos à malha aérea.

Partículas podem ter se incorporado a gotas de chuva

No Rio Grande do Sul, as cinzas passaram pela Fronteira Oeste, Zona Sul, Região Central e Noroeste, mas não deu para ver. Estavam a cerca de 10 quilômetros de altitude, acima das nuvens normais de chuva. De São Paulo, o pesquisador Saulo Freitas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), explicou que, na erupção, o Puyehue lançou partículas de todos os tamanhos. As maiores caíram pelos arredores do vulcão. Imperceptíveis, as que entraram no espaço aéreo gaúcho eram as mais miúdas:

– A partícula está muito alta, ela vai caindo lentamente, mas vai cair sobretudo no oceano. Pode sujar algumas áreas de campo ou uma parte das cidades, mas, até onde estamos acompanhando, como a erupção foi muito alta, os impactos na superfície brasileira serão poucos. Provavelmente, a olho nu, notaremos o céu um pouco cinzento, mas com pouca intensidade – explicou.

Como ontem choveu nas regiões sobrevoadas pela nuvem de cinzas, também é provável que as partículas tenham se incorporado às gotas. Nesse caso, pode ter havido um pequeno aumento na acidez da chuva, mas sem prejuízos às plantações ou à saúde. Não está, porém, completamente descartado que as partículas cheguem ao solo no Estado.

– Se houver cinzas no chão amanhã (hoje), vai ser pouco, mas não podemos prever – disse Freitas.

No final da tarde de ontem, a nuvem de cinzas já chegava ao Paraná.

Fonte: / NOTIMP








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