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AF447: EUA: famílias do 447 devem entrar com processos na França



As famílias das vítimas americanas do acidente com o voo Air France 447, em 31 de maio de 2009, que apresentaram queixas contra os fabricantes americanos de componentes da aeronave, deverão entrar com suas acusações na França, e não nos Estados Unidos, decidiu a Justiça americana. As famílias querem processar várias companhias -- entre as quais a General Electric, a Honeywell e a Intel -- em território americano, mas um juiz do Tribunal Federal do Norte da Califórnia considerou que é mais apropriado apresentar as queixas na França.

A questão já tinha sido colocada para o tribunal, que rejeitou o pedido das famílias em outubro de 2010. Após um novo exame, "o tribunal concluiu mais uma vez que os Estados Unidos não são o lugar apropriado" para que façam suas acusações, explicou o juiz Charles Breyer em sua decisão.

Para o magistrado, os recentes acontecimentos da investigação sobre o acidente -- sobretudo com a descoberta das caixas-pretas da aeronave -- fazem com que seja mais lógico ainda a apresentação das queixas na França, e não nos Estados Unidos. "O acesso às provas ficará mais concentrado na França, onde o caso se desenrola até aqui", afirmou o juiz em sua decisão. "Além disso, as autoridades francesas mantêm sua investigação sobre as causas do acidente, e Air France e Airbus foram acusadas de homicídio culposo", acrescentou.

Fonte: / NOTIMP

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Desempenho do avião contribuiu para acidente, diz ação

O design e o desempenho do Airbus A330 que fazia o trecho Rio-Paris teriam tido um papel decisivo e não-negligenciável nos acontecimentos que levaram à catástrofe. Essa é argumentação de ação simultânea de dois escritórios, um no Brasil e outro na França, responsabilizando a Air France e o Airbus A330 pelo acidente.

Os escritórios franco-brasileiros Martin-Chico Internacional e Azevedo Sette Advogados impetraram a ação contra a Air France e a Airbus no último dia 20 de maio, na corte de Toulouse, na França, em regime de urgência. Foram analisados os dados transmitidos à Air France pelo sistema ACARS nos quatro últimos minutos antes do desaparecimento do voo AF 447, no dia 1º de junho de 2009. Segundo os advogados da causa, a teoria a respeito da catástrofe é inédita e contrapõe o Escritório de Investigações e Análises da França (BEA, na sigla em francês) sobre o assunto.

Outro ponto defendido é que as mensagens revelam uma sequência importante de disfunções críticas na zona de turbulência e isso teria deixado o avião sem controle e em despressurização acelerada.

Os pilotos teriam agido às cegas, já que os ADIRU, elementos indispensáveis para a navegação segura do Airbus 330, puseram o avião em "alternate mode". Nesse modo, os pilotos não tinham informações básicas como o direcionamento, altitude do avião, limites de manobra e, em geral, sem muitas das proteções disponíveis na aeronave.

A defesa das famílias das vítimas reforça ainda mais sua teoria quando analisa outros elementos relacionados ao acidente como a dispersão grande dos corpos nus das vítimas, dos escombros do aparelho e a certificação de que houve mortes antes do contato com a água. "De acordo com esses estudos, a despressurização grave poderia ter sido resultada de um desprendimento do estabilizador vertical que poderia ter provocado um a explosão acarretando a destruição de parte da fuselagem", analisam os advogados em nota.

A estrutura teria tido um papel fundamental que colaborou para o acidente. "O mau funcionamento das sondas Pitot já era conhecido há dez anos, assim como a fragilidade estrutural da fixação do estabilizador na fuselagem dos aviões da Airbus", defendem os escritórios franco-brasileiros Martin-Chico International e Azevedo Sette Advogados.

Fonte: / NOTIMP

Foto: Pawel Kierzkowski









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