Deputados criticam má qualidade dos serviços das empresas aéreas
Tarso Veloso .
Parlamentares e companhias aéreas desentenderam-se, ontem, em audiência pública, na Câmara dos Deputados, realizada para debater os serviços oferecidos pelo transporte aéreo. Os parlamentares criticaram a má qualidade dos serviços e as empresas defenderam-se das críticas alegando que a demanda cresceu muito além do esperado.
A diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva, disse que as reclamações contra empresas aéreas cresceram muito de 2009 para 2010. "Nós entendemos que o crescimento da demanda influencia sim, mas precisamos tentar reduzir as reclamações e resolver os problemas na hora", enfatizou.
Vários políticos criticaram a cobrança extra da "cadeira conforto", feita pela TAM, de R$ 30 reais, para utilizar as seis poltronas das saídas de emergência e as seis primeiras da aeronave.
O vice-presidente comercial da TAM, Paulo Cezar Castello Branco, disse que a cobrança das cadeiras é uma tendência mundial e que foi instituída ano passado. "As cadeiras só são vendidas no momento do check-in e é uma opção do passageiro pagar ou não", disse Castello Branco.
O deputado Romário Faria (PSB-RJ) questionou a questão da acessibilidade nos aeroportos. Um caso chamou a atenção na semana passada. A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) não conseguiu desembarcar no aeroporto de Guarulhos pois o Ambulift, equipamento motorizado, com elevador, que transporta passageiros com deficiência, estava quebrado. A dificuldade para conseguir poltronas para uso de milhagem e compra de passagens por preços promocionais foram outros problemas debatidos, com críticas ao tempo de antecedência com que as passagens devem ser adquiridas. As empresas explicaram que, nos dois casos, a limitação ocorre pelo número reduzido de lugares para o sistema de fidelidade.
As companhias debateram os problemas em reunião conjunta com as comissões de Turismo e Desporto, de Viação e Transporte, de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor. Já foi agendada outra audiência pública para o dia 1º de junho com a presença da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO), para discutir a estrutura dos aeroportos.
Fonte: / NOTIMP
Foto: Mario Ortiz