De olho nas reformas, empresas oferecem serviços para aeroportos
Primeira feira de infraestrutura aeroportuária da América Latina foi inaugurada nesta terça-feira com 100 empresas de 18 países .
Cerca de cem empresas que fornecem produtos e serviços para aeroportos estão reunidas nesta semana em São Paulo para participar da Airport Infra Expo, a primeira feira de negócios em infraestrutura aeroportuária. O evento iniciou nesta terça-feira e deve receber oito mil visitantes.
A feira ocorre em um momento em que o governo brasileiro discute um novo modelo para a administração dos aeroportos brasileiros. O País precisa realizar investimentos em infraestrutura para atender a expansão da demanda por tráfego aéreo e se preparar para receber turistas que viajarão ao País para assistir aos jogos da Copa 2014 e da Olimpíada 2016.
A Infraero anunciou uma estimativa de investimento de R$ 9 bilhões nos aeroportos brasileiros até 2014, número que pode ser ampliado se a operação aeroportuária for concedida à iniciativa privada.
A decisão sobre conceder aeroportos para a iniciativa privada ou manter a administração estatal é política, afirma o superintendente da Infraero em São Paulo, Willer Larry Furtado. "Se houver esforço e dedicação, com o trabalho e participação de todos, será possível cumprir os prazos."
Produtos e serviços para os aeroportos
Uma das empresas que tenta fechar contratos para reformar aeroportos brasileiros é a Sita, líder global em TI no setor aéreo. A companhia já oferece no Brasil serviço de check-in compartilhado para empresas aéreas estrangeiras em sete aeroportos e sistemas de transferência de dados de aeronaves para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
A companhia, que fatura US$ 1,5 bilhão em todo o mundo, divulga o resultado do Brasil. A empresa afirma, no entanto, que quer dobrar sua receita no país entre 2009 e 2014. “Fizemos a reforma de nove aeroportos para a Copa da África do Sul e agora queremos replicar esta experiência no Brasil”, diz o diretor da Sita na América Latina, Elbson Quadros.
As empresas estrangeiras não são as únicas interessadas em prospectar negócios no setor aeroportuário. A Paleta, companhia de Santa Catarina que implementou o primeiro Módulo Operacional Provisório (MOP) em um aeroporto brasileiro, pretende oferecer o serviço em outros aeroportos do País.
Focada em construção de feiras e eventos, a Paleta começou a desenvolver MOPs há três anos, após receber uma demanda da superintendência da Infraero em Santa Catarina para o aeroporto de Florianópolis. “Utilizamos o ‘know-how’ de construções rápidas para atender a Infraero”, afirma Victor Kursancew Neto, diretor da Paleta. Hoje, o segmento representa 30% do faturamento de R$ 17 milhões do grupo.
Fonte: ÚLTIMO SEGUNDO / NOTIMP