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Brasil fecha acordos para defesa da América do Sul



O ministro da Defesa, Nelson Jobim, falou sobre a necessidade de defender riquezas naturais que serão cobiçadas em todo o mundo .

Brasil, Argentina e República Tcheca fecharam ontem contratos para a construção de 28 cargueiros militares do modelo KC-390, que será encabeçada pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Desse total, 20 aeronaves se integrarão à estrutura de defesa brasileira, seis se destinarão à Argentina e os outros dois para a República Tcheca.

Esses números, entretanto, podem aumentar, já que as três nações assinaram uma carta de intenções para a construção de 60 aeronaves, que serão destinadas ainda para Portugal, Chile e Colômbia.

“Essa é a apenas uma primeira etapa do projeto. Na Argentina, por exemplo, 630 aviões militares estão no fim de sua vida útil”, destacou o ministro da Defesa do país vizinho, Arturo Puricelli, durante entrevista realizada na Laad 2011, a maior feira de defesa e segurança da América Latina.

Para o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, que também participou da solenidade, trata-se do início de um processo de integração sul-americana.

“O Brasil decidiu, através de sua estratégia nacional de defesa, ações comuns com os demais países da América do Sul. É a formação de uma estrutura de cooperação em matéria de defesa”, disse.

Essa estratégia, salientou Jobim, se dá em razão das grandes riquezas que o subcontinente guarda, e que, segundo o ministro, serão disputadas por potências mundiais daqui a 50 ou 80 anos.

“Temos água, a Amazônia, as pampas úmidas da Argentina para fins da agricultura. Ou seja, tudo aquilo que o mundo vai precisar”, alertou, lembrando que a estratégia não impede o grupo de trocar conhecimentos com outras nações.

Copa e Olimpíadas

Sobre o programa de defesa brasileiro para os eventos esportivos que se aproximam – Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 – Nelson Jobim afirmou que o Ministério da Defesa atuará apenas de forma completar, de acordo com a demanda apresentada pelo Ministério da Justiça, responsável pelos projetos de segurança.

“Participaremos do processo na medida em que tivermos definições do Ministério da Justiça. São intervenções condicionadas pelas necessidades, como aconteceu durante as ocupações de morros e favelas no Rio de Janeiro”, explicou.

Jobim também comentou a ideia de criar um Conselho de Defesa Latino-Americano. Questionado se ele seria nos moldes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o ministro descartou essa possibilidade, destacando que se trata de “uma coisa antiga”.

“Não teremos tropas para atuar em outras partes do mundo. Não temos a intenção de intervir. Trata-se de unir as forças numa política estratégica para proteger aquilo que é comum em mais de um país, como a região amazônica, andina e platina”, detalhou.

E alertou as demais nações do mundo: “Não se metam nesse assunto. Quem vai cuidar dessas riquezas somos nós”.

ENTENDA A NOTÍCIA

Pelo acordo, a empresa tcheca Aero Vodochody e a fábrica Argentina de Aviões Brigadeiro San Martín fornecerão itens e equipamentos no acordo de defesa, puxado pela brasileira Embraer.

Fonte: JORNAL O POVO / NOTIMP








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