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Após obras, aeroporto de Ribeirão já está saturado

No primeiro trimestre, circularam pelo terminal 288,6 mil passageiros . Esse número é 112% maior que o de 2010 e quase a metade do que se espera para todo este ano no Leite Lopes .

ARARIPE CASTILHO .

Reformado com cerca de R$ 6,5 milhões para receber 600 mil pessoas por ano, o terminal de passageiros do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, está saturado em relação à demanda. E isso apenas sete meses após a entrega das obras.

A inauguração oficial ocorreu em setembro passado durante visita do então governador de SP, Alberto Goldman (PSDB), à cidade.

Números do próprio Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de SP), responsável pelo aeroporto, mostram que as melhorias não acompanharam o crescimento do número de usuários.

Somente no primeiro trimestre, circularam pelo terminal 288,6 mil passageiros, ou seja, quase a metade do que se espera para o ano todo.

Se continuar nesse ritmo, ao final de 2011 o aeroporto de Ribeirão Preto poderá ultrapassar a marca de 1,1 milhão de passageiros embarcados e desembarcados.

A quantidade de público dos três primeiros meses de 2011 é mais que o dobro (112,43%) do movimento no mesmo período de 2010, quando passaram pelo Leite Lopes 135,8 mil pessoas.

O aumento da demanda é muito maior que o observado em anos anteriores (veja quadro nesta página).

O governo do Estado diz que monitora o movimento e atribui o crescimento à chegada de novas companhias à cidade (leia texto ao lado).

No entanto, logo no mesmo ano em que foi inaugurada a reforma, a estimativa de público se mostrou defasada: o Leite Lopes fechou 2010 com movimentação de 677,7 mil passageiros.

"PODERIA SER MELHOR"

O médico de Uberlândia Marcelo de Freitas Mendonça, 29, passou pelo terminal ontem pela primeira vez e disse achar que a cidade precisa de algo melhor.

"Pelo porte de Ribeirão, achei que o aeroporto poderia ser melhor. Até gostei da estrutura física, mas falta investir nessa estrutura, equipar mais o espaço", afirmou.
Hoje o terminal ainda opera, por exemplo, sem o painel de voos, que está prometido.

O engenheiro Ulisses Ordones, 50, de Passos (MG) usa o Leite Lopes há cerca de oito anos. Para ele, o terminal está melhor em comparação com o antigo espaço, "que era terrível".

Ulisses afirmou, no entanto, que a esteira de bagagens é pequena e dificulta o acesso das pessoas às malas em horários de pico. "Se iam colocar a esteira, podiam ter feito algo maior", disse.

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO / NOTIMP








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