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AF447: FAB diz que investigação do AF 447 ocorre com transparência



O Comando da Aeronáutica do Brasil afirmou nesta quarta-feira que a presença de um representante do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) garante que a investigação sobre o acidente com o voo AF 447 da Air France "está transcorrendo com a transparência necessária e de acordo com as normas internacionais".

O Airbus da Air France caiu no Atlântico em 31 de maio de 2009, após decolar do Rio de Janeiro com destino a Paris com 228 passageiros. Todos os ocupantes da aeronave morreram. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), como o acidente ocorreu em áreas internacionais, a investigação é conduzida pelo BEA (órgão francês de investigação de acidentes). A medida atende à recomendação da Convenção sobre Aviação civil Internacional (Convenção de Chicago), da qual o Brasil é signatário.

"O Cenipa participa do processo de investigação, desde o início, com um representante acreditado, que tem acesso a todos os passos e possui a capacitação técnica necessária para avaliar o trabalho desenvolvido", diz a FAB em nota.

O pronunciamento oficial ocorre depois que familiares das vítimas do acidente cobraram que o governo brasileiro comandasse as investigações. As famílias temem que a França faça uma investigação parcial, já que o governo francês tem participação na companhia Air France. "O Comando da Aeronáutica, embora veja a solicitação dos familiares como um reconhecimento ao trabalho do Cenipa, considera que a presença do representante acreditado já é uma garantia de que a investigação está transcorrendo com a transparência necessária e de acordo com as normas internacionais", conclui a nota.

O acidente

O avião da Air France saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio de 2009, às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília). Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal. Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta.

A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato. Os fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois no meio do oceano pelas equipes de busca brasileiras. Mas as caixas-pretas, assim como a maior parte da aeronave, não haviam sido localizadas. Das 228 vítimas, foram resgatados apenas 50 corpos.

Dados preliminares das investigações feitas pelas autoridades francesas revelaram que falhas dos sensores de velocidade da aeronave, conhecidos como sondas Pitot, parecem ter fornecido leituras inconsistentes e podem ter interrompido outros sistemas do avião. As sondas permitem ao piloto controlar a velocidade da aeronave, um elemento crucial para o equilíbrio do voo. Mas investigadores deixaram claro que esse seria apenas um elemento entre outros envolvidos na tragédia. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores - até então feitos pela francesa Thales - por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.

Fonte: PORTAL TERRA / NOTIMP

Foto: Pawel Kierzkowski








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