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Discussão sobre Líbia deve ser no âmbito da ONU, diz chanceler








Cláudia Trevisan.

O Brasil acredita que qualquer discussão sobre o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Líbia ou iniciativas militares só terá legitimidade se for realizada nos termos da Carta da ONU e no âmbito do Conselho de Segurança, afirmou ontem em Pequim o chanceler Antônio Patriota. "Esse é o único contexto em que o Brasil considera esse debate apropriado", declarou o ministro, que distribuiu nota sobre o assunto ao fim de entrevista coletiva.

Patriota defendeu a proposta de estabelecimento de zonas livres de áreas nucleares em regiões com focos de conflito, como o Oriente Médio. Segundo ele, a medida já consta de documento aprovado em 2010 pela Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas deve ser colocado de maneira proeminente na agenda internacional.

"Os recentes eventos nos países árabes oferecem oportunidade para se levar adiante iniciativas que possam contribuir para a paz e a segurança mundiais", justifica a nota. O texto diz ainda que o Brasil "privilegiará a diplomacia, o diálogo e a negociação no encaminhamento de situações de tensão em que haja risco de conflagração ou quadro de violência". Patriota observou que "o governo e o povo brasileiros" se solidarizam com as demandas por democracia no mundo árabe e esperam que as transformações ocorram em um "ambiente pacífico, sem arbitrariedade ou uso da força". A situação da Líbia foi discutida por Patriota com o chanceler chinês, Yang Jiechi.

Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO / NOTIMP



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