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Da estabilização à expansão: EADS divulga os resultados de 2010





  • Todos os principais indicadores ficaram acima da previsão
  • Entrada de pedidos, impulsionada pela Airbus, aumentou 81% e atingiu € 83,1 bilhões
  • A receita subiu 7% (€ 45,8 bilhões), com recorde de entregas de
    510 aviões comerciais
  • EBIT* ajustado de € 1,3 bilhão
  • Fluxo de Caixa Livre de € 2,7 bilhões, muito mais forte do que o esperado
  • Volta do pagamento de dividendos: proposta de € 0,22 por ação
  • Lucro líquido: € 553 milhões (EPS € 0,68 por acção)
  • Recorde na posição de caixa líquido: € 11,9 bilhões

A EADS (símbolo da empresa na bolsa: EAD) divulgou dia 9 os resultados de 2010, ano do 10º Aniversário do Grupo, que demonstram expressivas realizações apoiadas numa recuperação do ambiente macroeconômico e comercial mais forte do que o esperado. Os mercados institucionais, incluindo helicópteros, defesa e orçamentos públicos, ainda tem que ser monitorados, bem como os riscos potenciais ligados aos preços do petróleo e das matérias primas, o tráfego aéreo no Norte de África e as contínuas questões de cambio. Em 2010, os pedidos recebidos aumentaram para € 83,1 bilhões, impulsionados pelo dinamismo da aviação comercial. A carteira de pedidos da EADS de mais de € 448 bilhões oferece fornece uma base sólida para entregas futuras. A receita atingiu um novo recorde de € 45.8 bilhões. Da mesma forma, a rentabilidade e o desempenho de caixa foram melhores do que o esperado. O EBIT* ajustado de € 1.3 bilhão beneficiou-se do desempenho subjacente melhor do que o esperado em programas tradicionais da Airbus e outras atividades de negócios. O EBIT* registrado totalizou € 1,2 bilhão. A posição de caixa líquido de € 11,9 bilhões é superior ao previsto graças a uma melhor gestão de caixa e ao aumento dos pedidos recebidos e representa um trunfo importante para promover o crescimento futuro.

"2010 foi um ano de avanços significativos para a EADS. As encomendas de aeronaves comerciais superaram as expectativas e nossa geração de fluxo de caixa foi excelente. Fizemos grandes progressos na gestão e controle de programas importantes: os riscos do programa A400M diminuíram substancialmente e há uma melhora constante na produção do A380”, disse Louis Gallois, CEO da EADS. "Ao mesmo tempo, estamos dando a máxima atenção ao programa A350, à evolução dos orçamentos de defesa e de espaço e à recuperação do mercado de helicópteros. Após termos iniciados a nossa segunda década de operações, uma prioridade fundamental para nós agora é melhorar ainda mais a rentabilidade nos próximos anos, para estabelecermos uma base sólida para um crescimento sustentável.”

Em 2010, a receita da EADS aumentou 7% e foi de € 45,8 bilhões (em 2009: € 42,8 bilhões), graças ao crescimento do volume e a efeitos obtidos em todas as unidades de negócios, ainda que reduzidos por um impacto cambial negativo de cerca de € 500 milhões. As entregas permaneceram em um nível elevado, com 510 aeronaves da Airbus Comercial, 527 helicópteros da Eurocopter e 41 lançamentos bem sucedidos consecutivos do Ariane 5. O programa do A400M retomou a metodologia de percentual de conclusão com base no estabelecimento de metas internas. Isso resultou em uma receita de cerca de € 1 bilhão contabilizada com o programa, com margem zero devido à utilização da provisão correspondente. Os países clientes da EADS concluíram as negociações globais sobre o A400M. Em seguida à aprovação na França e na Alemanha, as negociações sobre o regime de crédito de exportação (ELF) serão finalizadas com alguns países clientes e direcionadas para conclusão em 2011. Entretanto, o programa está dando resultados, e quatro aeronaves em desenvolvimento já voaram. A meta de maturação do projeto A400M, atingida em fevereiro de 2011, abre caminho para o início da produção em série. A certificação civil está prevista para 2011.

O EBIT* ajustado (um indicador que registra a margem do negócio, excluindo despesas ou lucros não recorrentes causados por movimentos de provisão ou impactos cambiais) situou-se em € 1,3 bilhão (no ano fiscal de 2009: € 2,2 bilhões) para a EADS e em cerca de € 280 milhões para a Airbus. O resultado foi beneficiado pelo bom desempenho das atividades centrais de todas as Divisões, especialmente dos programas tradicionais da Airbus. Comparado a 2009, o EBIT* ajustado foi afetado pela deterioração das taxas de cobertura (em 2009: € 1 = US$ 1,26, contra em 2010: € 1 = US$ 1,35). Como esperado, o A380 continua a influir significativamente no EBIT*.

O EBIT* declarado da EADS situou-se em € 1,231 bilhão (em 2009: € -322 milhões). Em 2010, a EADS aperfeiçoou sua estratégia de coberturas naturais, o que repercutiu no EBIT * e em outros resultados financeiros, mas sem causar impacto no EBIT* ajustado nem no Lucro Líquido.


O Lucro Líquido totalizou € 553 milhões (em 2009: € -763 milhões), equivalente a ganhos por ação de € 0,68 (lucro por ação em 2009: -0,94 €). O resultado financeiro atingiu € -371 milhões (em 2009: € -592 milhões). O resultado de juros de - € 99 milhões (em 2009: € -147 milhões) reflete principalmente menores despesas com juros. Enquanto isso, outros resultados financeiros melhoraram consideravelmente, cerca de € 170 milhões anualizados para - € 272 milhões (em 2009: - € 445 milhões), impulsionados principalmente pela menor flexibilidade com descontos em 2010 do que em 2009. A flexibilidade com descontos diminuiu principalmente devido ao valor mais baixo das provisões disponíveis.

Baseado em um lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de € 0,68, a Câmara de Administração da EADS proporá à Assembléia Geral Ordinária dos acionistas o pagamento em 6 de junho de 2011 de um dividendo de € 0,22 por ação (excepcionalmente, devido a perdas significativas ocorridas em 2009, os dividendos não foram pagos nesse ano). A data de registro deve ser 3 de junho de 2011.

"Temos o prazer de voltar a pagar dividendos aos nossos leais acionistas. O desempenho do Grupo em 2010 merece o dividendo proposto. É a nossa clara ambição de melhorar gradualmente a rentabilidade no médio prazo. A melhoria da rentabilidade é o indicador-chave para uma melhor distribuição de dividendos no futuro", disse Hans Peter Ring, CFO da EADS.


As despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
auto-financiada atingiram € 2,939 milhões (em 2009: € 2,825 milhões), impulsionadas principalmente pelo aumento nas áreas de Veículos não Tripulados (VANTs) e sistemas da Cassidian e em toda a gama de produtos da Eurocopter. Na Airbus, o aumento em P&D do A350 XWB foi compensado por reduções em outros programas, especialmente o A380 e o A330-200F.

O Fluxo de Caixa Livre antes do financiamento a clientes de € 2,644 bilhões (em 2009: € 991 milhões) foi significativamente superior às expectativas, graças à uma melhor gestão operacional e de estoques e a pagamentos antes da entrega da Airbus Comercial acima do esperado. A melhoria em relação ao ano passado foi impulsionada pelo capital de giro. Na Airbus Comercial, a redução de estoques obedece ao ritmo das entregas. O ingresso de antecipações ligadas às atividades da Airbus Comercial em 2010 foi maior do que o esperado e ficou acima dos ingressos de 2009, particularmente no quarto trimestre, refletindo o aumento nas entregas futuras e encomendas de aeronaves comerciais. Esse efeito positivo foi mais que compensado pelo menor avanço dos pagamentos à Astrium e à Cassidian em relação ao nível de 2009, que foi impulsionado pela entrada de pedidos excepcionais. Devido a uma combinação de interesse dos locadores e recuperação do mercado bancário, o financiamento a clientes gerou uma contribuição positiva de cerca de € 60 milhões em comparação com a saída de € 400 milhões em 2009. As atividades de investimento consumiram cerca de € 2,3 bilhões, principalmente pela ampliação dos investimentos no programa A350 XWB.

O Fluxo de Caixa Livre após o financiamento a clientes cresceu para € 2,707 bilhões (em 2009: € 585 milhões).

A posição do Caixa Líquido da EADS líquido cresceu para € 11,9 bilhões (final do ano de 2009: € 9,8 bilhões) após uma contribuição de € 553 milhões para os ativos dos fundos de pensão. Ela continua a ser uma base sólida para as necessidades operacionais do Grupo, bem como para o crescimento futuro.

O valor das encomendas recebidas do Grupo foi € 83,1 bilhões, significativamente maior do que há um ano (em 2009: € 45,8 bilhões), impulsionado pelo maior nível de encomendas de aviões comerciais da Airbus. As encomendas líquidas atingiram 574 aeronaves, incluindo 32 A380 e 78 A350 XWB. Até o final de dezembro de 2010, a carteira de pedidos da EADS registrou € 448,5 bilhões (final do ano de 2009: € 389.1 bilhões), refletindo a melhora do mercado de aeronaves comerciais. A carteira de pedidos de aeronaves comerciais da Airbus também se beneficiou de um impacto de reavaliação positiva de cerca de € 25 bilhões, devido a um reforço do valor do dólar norte-americano face ao euro no final de dezembro 2010 em relação ao final de dezembro de 2009. Os pedidos na área de Defesa ficaram em € 58,3 bilhões (final do ano de 2009: € 57,3 bilhões).

No final de dezembro de 2010, a EADS tinha 121.691 funcionários (final do ano de 2009: 119.506).

Perspectivas

As previsões da EADS para 2011 são baseadas na hipótese de uma taxa de câmbio média de € 1 = US$ 1,35 até o final do ano.

Em 2011, a Airbus deve entregar entre 520 e 530 aviões comerciais e as encomendas brutas devem se situar acima das entregas.

As receitas da EADS em 2011 devem ser superiores às receitas de 2010.

A EADS espera que o EBIT* ajustado em 2011 permaneça estável em relação ao nível de 2010, em torno de € 1,3 bilhão. Os aumentos de volumes e preços da Airbus Comercial serão praticamente compensados pela deterioração das taxas de hedge, o aumento de despesas com P&D e uma combinação menos favorável das atividades na Cassidian.

Numa visão prospectiva, o EBIT* declarado e o desempenho do lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) da EADS dependerão da capacidade do Grupo em executar os programas A400M, A380 e A350 XWB em consonância com os compromissos assumidos com seus clientes.


O EBIT* declarado e o EPS também dependem das flutuações do câmbio.

Com o câmbio de € 1 = $ 1,35, a EADS espera que a EPS em 2011 esteja acima do nível de 2010, € 0,68.

O Fluxo de Caixa Livre deverá ser positivo. É o item mais volátil, e a EADS fará uma previsão mais precisa no decorrer do ano.

Em 2012, o Grupo espera uma melhora significativa em seu EBIT* ajustado graças ao maior volume, melhor preço e melhoria do desempenho do Airbus A380.

Divisões da EADS: forte reativação da aviação comercial e dificuldades à vista para os negócios institucionais e governamentais

As receitas consolidadas da Airbus, de € 29,978 bilhões revelam um aumento de 7% em relação ao mesmo período do ano passado (ano fiscal de 2009: € 28,067 bilhões). O EBIT consolidado da Airbus totalizou € 305 milhões (em 2009: - € 1,371 bilhões).

As receitas da Airbus Comercial cresceram para € 27,673 bilhões (em 2009: € 26,370 bilhões). As entregas aumentaram para 510 aeronaves comerciais, das quais 508 aeronaves representaram reconhecimento de receita (em 2009: 498 aeronaves). Em comparação com um ano atrás, as receitas da Airbus Comercial refletiram um efeito favorável de volume e mix que inclui um maior número de entregas do A380. O impacto negativo sobre as receitas de câmbio foi de cerca de € 500 milhões. Duas aeronaves A330-200 foram entregues em operações de leasing, portanto, não contam para o reconhecimento das receitas e margens. Outros dois aviões de corredor único entregues em regime de locação no primeiro semestre de 2010 já foram vendidos no mercado, elevando o total de receitas de entregas e reconhecimento de margem para 132 aeronaves no último trimestre. O EBIT* da Airbus Comercial diminuiu para € 291 milhões (em 2009: € 386 milhões). Em comparação com 2009, o EBIT* ajustado da Airbus Comercial (em 2009: cerca de € 1 bilhão; no ano fiscal de 2010: cerca de € 280 milhões) beneficiou-se dos efeitos favoráveis de volume e mix de produtos, de uma melhora na nos preços líquidos e das economias geradas pelo Power8. Ele foi reduzido por uma deterioração da taxa de hedge em torno de € 940 milhões e pelo aumento de custos e despesas relacionados com o crescimento dos negócios.

As receitas da Airbus Military aumentaram para € 2,684 bilhões (em 2009: € 2,235 bilhões), impulsionadas por um maior reconhecimento de receitas do A400M, mas com receitas menores de aeronaves médias e leves (M&L) e aviões tanques. Sobre o A400M, consistente com o retorno à metodologia de percentual de conclusão, o alcance das metas internas aprovadas em 2010 resultaram numa receita de cerca de € 1 bilhão, com margem zero devido à utilização da provisão correspondente. As entregas cresceram para 20 aeronaves médias e leves (em 2009: 16 aeronaves). O EBIT* da Airbus Military cresceu para € 21 milhões (em 2009: € -1,754 milhão, afetado pela provisão para o A400M). Ele reflete uma combinação favorável de aeronaves médias e leves e aviões tanques.

Em 2010, a Airbus Comercial estabeleceu um novo recorde para entregas. O mercado esteve em recuperação, impulsionado por uma demanda permanente dos mercados emergentes, levando a 644 novos pedidos comerciais brutos (em 2009: 310). Foram registradas encomendas líquidas de 574 aeronaves, incluindo 32 A380 e 78 A350 XWB, ampliando os pedidos do A350 XWB para 583 aviões de 36 clientes. O A320neo (nova opção de motor, oferecendo 15% menos de queima de combustível) foi lançado no quarto trimestre e teve um rápido sucesso no mercado. A Airbus Military contabilizou pedidos brutos para 21 aeronaves (CN235 e C-295) em 2010.

Sobre o A350 XWB, o programa de maior risco da EADS, a Airbus obteve progressos em 2010, com o início da fabricação de componentes para conjuntos e subconjuntos, mas os prazos permanecem desafiadores. A sua entrada em serviço está prevista para meados de 2013.

Como esperado, o programa do A380 está se estabilizando e a Airbus está obtendo progressos significativos na curva de aprendizagem, levando a uma melhoria da margem bruta por aeronave.

O programa A400M está produzindo resultados, com quatro aviões de desenvolvimento já voando. A meta de maturação do A400M foi alcançada em fevereiro de 2011, abrindo caminho para o início da produção em série. A certificação civil desta aeronave está prevista para 2011.

O A330 MRTT (sigla em inglês para Avião Tanque de Transporte Multimissão), baseado no Airbus 330, obteve certificação civil e militar e a Futura Aeronave Tanque Estratégica do Reino Unido realizou seu primeiro vôo.

Em 31 de dezembro de 2010, a carteira de pedidos consolidada da Airbus era avaliada em € 400,4 bilhões (no final de 2009: € 339,7 bilhões). A carteira de pedidos da Airbus Comercial, beneficiada por uma reavaliação positiva de cerca de € 25 bilhões, devido ao fortalecimento do valor do dólar dos EUA frente ao euro no final de dezembro 2010, em relação ao final de dezembro de 2009, foi responsável por € 378,9 bilhões (no final de 2009: € 320,3 bilhões), o que representa 3.552 aeronaves (no final do ano de 2009: 3.488 aeronaves). A carteira de encomendas da Airbus Military incluiu 241 aeronaves. Foi um aumento de 10% por cento e chegou a € 22,8 bilhões (no final de 2009: € 20,7 bilhões). A carteira de pedidos do A400M se beneficiou de um ajuste positivo, refletindo o resultado da negociação com os clientes.

Em 2010, a receita da Eurocopter subiu para € 4,830 bilhões (em 2009: € 4,570 bilhões). As entregas totalizaram 527 helicópteros (em 2009: 558 helicópteros), incluindo 28 helicópteros NH90 e 15 Tiger, o dobro do nível de 2009. As Marinhas da Holanda e da França receberam os primeiros NH90 em versões navais. A receita também refletiu uma combinação favorável de maior apoio governamental. O EBIT* da Divisão reduziu-se para € 183 milhões (em 2009: € 263 milhões), impactado por um maior investimento em produtos e por efeitos negativos de cerca de € 120 milhões provocados principalmente pelo NH90 e por impactos de reestruturação.

Em 2010 tiveram início os testes de vôo com o demonstrador X3 híbrido de alta velocidade, foco principal da estratégia de inovação da Eurocopter ao longo dos próximos anos, juntamente com os voos inaugurais do segundo protótipo do EC175 e do helicóptero utilitário coreano. A Eurocopter ampliou os recursos em formação e em suporte e serviços durante 2010, em regiões como a China e a Índia, e desenvolveu uma nova plataforma logística global na França.

Os pedidos líquidos no final de 2010, com 346 encomendas registradas, permaneceu estável em relação a 2009 (344 encomendas líquidas), apesar de um menor nível de pedidos brutos, porque os cancelamentos foram inferiores a 49, em comparação com 105 em 2009. A recuperação do mercado civil é lenta, em particular devido ao elevado número de helicópteros de segunda mão no mercado. A Eurocopter, proativamente, começou a se adaptar a esse desafio com seu programa SHAPE lançado no início de 2010. Importantes progressos foram feitos na redução dos custos de pessoal e operacional. A carteira final de pedidos da Eurocopter totalizou € 14,6 bilhões (final de 2009: € 15,1 bilhões) com 1.122 helicópteros (final de 2009: 1.303 helicópteros).

As receitas da Astrium em 2010 aumentaram 4%, para € 5,003 bilhões (em 2009: € 4,799 bilhões), marcando um ano de forte execução dos programas da Divisão. Isso resultou em um desempenho das receitas acima das expectativas, mais do que compensando os efeitos de atualização dos programas de incentivo para satélites em órbita de 2009. As metas para 2010 incluem o início das entregas dos mísseis balísticos M51 para a Marinha Francesa. Dez satélites construídos foram lançados e a Astrium está executando com sucesso o programa Ariane 5, com o lançamento consecutivo bem sucedido de 41 foguetes, elevando o número total para seis em 2010. O EBIT* melhorou 8%, para € 283 milhões (em 2009: € 261 milhões), refletindo o crescimento e a produtividade nos serviços de defesa e militares, bem como a melhoria operacional em atividades institucionais.

A Astrium também lançou um programa de transformação chamado AGILE, para aumentar a eficiência e se preparar para um ambiente competitivo em mudança.

A entrada de pedidos atingiu € 6,0 bilhões em 2010, apoiada por um ambiente comercial dinâmico (em 2009: € 8,3 bilhões, incluindo o lote de 35 lançadores do Ariane 5 PB). Os pedidos de 2010 incluíram os contratos de evolução e manutenção do M51 e dos satélites de reconhecimento óptico para a Agência de Aquisições da Defesa da França (DGA). Além disso, o contrato do Skynet5 com o Ministério da Defesa britânico foi prorrogado. Foram assinados contratos com a Agência Espacial Européia para iniciar a primeira fase de desenvolvimento do Ariane 5 ME (evolução de vida média) e realizar estudos iniciais de desenvolvimento para um lançador de próxima geração (NGL, na sigla em inglês). No final de dezembro de 2010, a carteira de encomendas da Astrium aumentou para € 15,8 bilhões (final de 2009: € 14,7 bilhões).

As receitas da Cassidian em 2010 aumentaram 11% por cento, para € 5,933 bilhões em relação ao ano anterior (ano de 2009: € 5,363 bilhões). Esse forte aumento das receitas reflete o crescimento do volume nas atividades básicas e de exportação no Eurofighter e em programas de mísseis e o progresso nos contratos LSI (Large Systems Integrator) de segurança de fronteiras. O EBIT* ficou estável em € 457 milhões (em 2009: € 449 milhões), refletindo um crescimento da margem em programas maduros e significativo crescimento dos programas auto-financiados de P&D de produtos de nova geração. Ele foi afetado por efeitos excepcionais de cerca de € 20 milhões, que incluem o cancelamento do contrato FireControl pelo governo do Reino Unido. O investimento em P&D centrou-se principalmente em sistemas de veículos aéreos não tripulados (VANTs) e de comunicações seguras.

A EADS continua a investigar os requisitos e soluções de financiamento aos clientes para o Sistema Aéro não tripulado Talarion, salientando a necessidade de um compromisso oportuno com o programa por parte dos governos. Um vôo bem sucedido do primeiro EuroHawk e o teste contínuo do Barracuda confirmaram a capacidade técnica neste ramo de atividade.

A Cassidian está começando a sentir as primeiras pressões dos orçamentos de defesa de seus países de origem e com algum atraso nas encomendas e custos de P&D mais levados. No entanto, em 2010 demonstrou um desempenho robusto. O governo alemão deve anunciar seus programas na primavera. Entretanto, um plano de transformação está em preparação para o novo ambiente de negócios, que aponta para um crescimento na área de segurança.

Em 2010, a Cassidian avançou com a sua estratégia de globalização, unindo forças com a Odebrecht no Brasil no campo de defesa e tecnologia de segurança, bem como a criação de um centro de engenharia e uma joint venture com a Larsen & Toubro na Índia.

O nível de encomendas da ordem de € 4,3 bilhões (em 2009: € 8,0 bilhões) em um mercado mais desafiador esteve abaixo do nível de receita. No final de dezembro de 2010, a carteira de pedidos da Divisão se manteve sólida em € 16,9 bilhões (final de 2009: € 18,8 bilhões).

Sede e outros negócios (não pertencentes a nenhuma Divisão)

As receitas de outros negócios aumentaram 8% por cento, para € 1,182 bilhão (em 2009: € 1,096 bilhão). Esse aumento foi impulsionado predominantemente pelo aumento das entregas Helicóptero Utilitário Leve (LUH, na sigla em inglês) pela EADS America do Norte.

O EBIT* de outros negócios cresceu para € 25 milhões (em 2009: € 21 milhões) graças a aumentos na ATR e Sogerma, embora tenha sido afetado pelo aumento do investimento na EADS América do Norte. O aumento na ATR incluiu um positivo efeito de câmbio de cerca de € 15 milhões.

A ATR entregou 52 aeronaves em 2010 (ano fiscal de 2009: 53 aeronaves) e recebeu 78 pedidos firmes (em 2009: 26), bem como 33 opções. Os pedidos recebidos foram maiores que o esperado, com um mercado muito ativo na versão do novo -600. A participação de mercado da ATR atingiu cerca de 65% em 2010, confirmando sua liderança no segmento. As novas encomendas incluem 20 ATR 72-600 feitas pela companhia brasileira Azul Linhas Aéreas e a ATR ganhou um novo operador, a Trinidad e Tobago Airlines, que fez uma encomenda de nove ATR 72-600. Em 2010, a ATR entregou a aeronave número 900 para a companhia aérea brasileira TRIP Linhas Aéreas. No final de dezembro de 2010, a carteira de pedidos da ATR situou-se em 159 aeronaves (final de 2009: 133 aeronaves) e o nível de produção deve aumentar em 2011 graças a uma notável melhoria em seu ambiente de mercado e financiamento.

Considerando a possibilidade de uma campanha de helicópteros para os EUA, a EADS América do Norte realizou o primeiro vôo de sua aeronave de demonstração técnica Armed Aerial Scout 72x em dezembro. Ela também entregou a 150ª unidade do utilitário leve UH-72A Lakota para o Exército dos EUA em fevereiro de 2011, com todas as entregas no prazo e dentro do orçamento. Em 31 de dezembro de 2010, a carteira de encomendas de outros negócios ficou em € 2,5 bilhões (no final de 2009: € 2,0 bilhões).


(*) A EADS usa o EBIT antes de desvalorização de fundo de comércio e itens excepcionais como um indicador chave de seu desempenho econômico. O termo “itens excepcionais” se refere a itens tais como despesas de depreciação de ajustes de valor justo relacionados à fusão da EADS, à unificação da Airbus e à formação da MBDA, assim como os respectivos gastos com prejuízos.

Sobre a EADS

A EADS é líder mundial nos segmentos aeroespacial, de defesa, segurança e serviços relacionados. Em 2010, a EADS faturou € 45,8 bilhões e empregou cerca de 121 mil trabalhadores O Grupo inclui a Airbus, como principal fabricante de aeronaves comerciais e também de reabastecimento, transporte e missão; a Eurocopter, como maior fornecedor mundial de helicópteros; e a Astrium, líder européia em programas espaciais. A Cassidian é uma provedora de soluções de sistemas abrangentes, tornando a EADS a principal parceira do consórcio Eurofighter e acionista da fornecedora de sistemas de mísseis MBDA.


No Brasil, a EADS mantém investimentos há mais de 30 anos, tendo iniciado sua presença por meio da Helibras, subsidiária local da Eurocopter. Também está presente através da EADS Brasil, da EADS Secure Networks Brasil e de escritórios de representação da Airbus Military e da Spot Image. É acionista da Equatorial Sistemas e desenvolve parcerias de longo prazo com clientes como a TAM, Forças Armadas, Polícia Federal, Agência Espacial Brasileira (AEB), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e as forças policiais estaduais.

Fonte: EADS







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