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Carreira de Especialistas da Aeronáutica completa 70 anos

Avião, mecânico e piloto formam um triângulo profissional perfeito na aviação civil e militar. Juntos, cumprem a missão. O raciocínio ilustra a frase que abre o hino do Especialista de Aeronáutica e a importância dessa parceria: “Com os pilotos e asas, seremos um conjunto de todo eficaz”.

Os militares dessa área, hoje, não são apenas mecânicos. Formam um grupo com mais de 24 mil especialistas – um terço do contingente total da Força Aérea Brasileira (FAB) –, entre graduados e oficiais, distribuídos em 27 diferentes áreas de atuação.

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Há exatas sete décadas, em março de 1941, nascia a Escola de Especialistas de Aeronáutica, sediada na Ponta do Galeão, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, dentro do esforço do recém-criado Ministério da Aeronáutica de reorganizar a aviação brasileira. A nova escola foi criada para unificar a formação dos profissionais especialistas no país, após a extinção das Escolas de Aviação Naval (Marinha) e de Aviação Militar (Exército). Até então, cada Força tinha sua própria aviação.

O cenário da aviação no início dos anos 40 era precário: faltavam pilotos, aeronaves, pistas, equipamentos, mão-de-obra especializada, normas de segurança, indústrias e investimentos.

Nas palavras do primeiro Ministro da Aeronáutica, Joaquim Pedro Salgado Filho, os desafios eram muitos. “A aviação civil, na época, era mais voltada para a área esportiva em incipientes aeroclubes. Os pilotos comerciais recebiam treinamento dentro das próprias companhias que os empregavam.”

Os desafios não paravam por aí. Mesmo as escolas militares existentes apresentavam divergências quanto à formação. A Escola de Aviação do Exército, por exemplo, recebeu em seus primórdios o modelo da Missão Militar Francesa, a partir do final de Primeira Guerra (1918). Já a escola de Aviação Naval recebia orientação tanto da aviação inglesa quanto da aviação alemã. “Dar unidade à didática dessas duas escolas, tão diferentes em seus conceitos, era também outro desafio”, afirmou o ministro Salgado Filho.

Em 1941, no primeiro concurso de admissão, apenas 34 candidatos passaram na prova, apesar das 200 vagas oferecidas. De lá para cá, a concorrência cresceu bastante, incentivada pela qualidade do ensino oferecido e pelas oportunidades da profissão militar: a relação candidato-vaga, em 2009, no Curso de Formação de Sargentos (CFS), chegou a 47,06 – mais do que o curso líder em concorrência na Universidade de São Paulo no mesmo ano (publicidade – 40,66).

A entrada do Brasil na Segunda Guerra também foi decisiva para que o país ampliasse a frota de aeronaves, investisse na preparação de mão-de-obra qualificada, novos e modernos equipamentos. Nesse período, para ampliar a capacidade de formação de técnicos para a aviação, o Brasil enviou pessoal para escolas no exterior.

Em 1950, o Ministério da Aeronáutica criou a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) em Guaratinguetá (SP), instalada na antiga Escola Prática de Agricultura e Pecuária. A unidade ocupa hoje uma área de 10 milhões de metros quadrados, com uma área construída superior a 119 mil metros quadrados, contendo 93 prédios administrativos e três vilas militares residenciais.

Fonte: Agência Força Aérea







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