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AF447: Submarinos-robôs retomam busca por avião da Air France



Murillo Camarotto .

Equipado com três submarinos-robôs, o navio americano Alucia, com bandeira do Panamá, parte hoje para o que pode ser a última fase de buscas pelos destroços do Airbus 330 da Air France, que caiu em 2009 no oceano Atlântico, matando 228 pessoas. A Operação começa uma semana depois de a Justiça francesa responsabilizar criminalmente tanto a fabricante quanto a companhia aérea. As duas vão responder por homicídio culposo.

A nova fase de buscas prevê a varredura de área de 10 mil km2 em cerca de 15 semanas. Após essa etapa, terão sido percorridos todos os 17 mil km2 que formam a área onde, segundo as investigações, a aeronave deve ter caído. Os primeiros 7 mil km2 foram rastreados na fase anterior da Operação, encerrada há cerca de um ano.

Com 31 tripulantes, a embarcação vai sair do porto pernambucano de Suape, a 60 quilômetros do Recife, e deve chegar quinta-feira à área das buscas. A expectativa é que os três submarinos, dois americanos e um alemão, pesquisem pelo menos 100 km2 por dia.

"O avião está lá e estamos convictos de que iremos encontrá-lo", afirmou Jean-Paul Troadec, diretor do BEA, órgão do governo francês responsável pela investigação. "Temos à nossa disposição o que há de melhor no mundo em tecnologia", disse.

A confiança do francês é compartilhada pelos familiares das vítimas, que ainda têm esperanças de encontrar ao menos a ossada de seus entes. "Queremos também que se concretize logo o que se tem falado sobre a negligência de Airbus e Air France", disse o presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447, Nelson Marinho.

Assim como ocorreu na fase anterior, as buscas serão feitas em parceria com o Woods Hole Oceanographic Institution, entidade americana especializada em buscas no fundo do mar. No ano passado, o instituto conseguiu fazer fotos do Titanic utilizando o mesmo modelo de submarino que opera nas buscas do Air France.

De acordo com o diretor do órgão, Dave Gallo, caso alguma parte do avião seja localizada, será feito um mapeamento detalhado do local para posterior Operação de recolhimento das peças. O principal empecilho para as buscas, segundo ele, é o relevo acidentado da região, onde podem ser encontradas montanhas submarinas de até 3 mil metros de altura. Apesar de pequenas, há chances de que peças acomodadas em vales muito profundos e estreitos possam ser localizadas pelos radares dos submarinos.

Segundo Troadec, o custo total da Operação de buscas pode chegar a US$ 12,5 milhões, valor que está sendo bancado por Airbus e Air France.

Fonte: VALOR ECONÔMICO / NOTIMP

Foto: Pawel Kierzkowski








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