Pelo menos 8 aeronaves caíram em Pernambuco desde 2002
Em julho de 2010, um avião bimotor Seneca III saiu da pista quando tentava decolar do Recife para Campina Grande, na Paraíba. O Aeroporto Internacional do Recife foi obrigado a ficar fechado para pousos e decolagens por uma hora. Seis pessoas estavam a bordo, mas ninguém ficou ferido. Segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuaria (Infraero), o avião pertencia a uma empresa privada que trabalha com táxi aéreo e passou direto do ponto de decolagem, parando na área verde.
O maior acidente de avião que houve em Pernambuco foi a queda do Airbus da Air France no Oceano Atlântico, na noite de 31 de maio de 2009, quando fazia o voo 447 (do Rio para Paris). O Arquipélago de Fernando de Noronha, pertencente ao estado de Pernambuco, é a área mais próxima do acidente. No total, foram 228 vítimas. Segundo o relatório do BEA, os pitots (medidores de velocidade) da aeronave falharam. Em fevereiro de 2011, iniciou-se a quarta etapa de procura pelos destroços e caixas-pretas do avião. As causas da queda ainda não foram esclarecidas.
O avião Beech Super King Air 200, prefixo PT-OSR pertencente à banda Calypso caiu em 23 de novembro de 2008 na praça San Martin, no Recife. Quatro casas foram danificadas. A aeronave conduzia dez pessoas, que retornavam de um evento beneficente no município de Teresina, no Piauí. O piloto do avião, Eurico Pedrosa Júnior, 46 anos, morreu com a violência do impacto. Gilberto Silva, produtor financeiro da banda, foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. O co-piloto, Bruno Carvalho Carneiro, 29, foi levado ao Hospital Português. As demais vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros para hospitais póximos.
Em 21 de abril de 2008, um monomotor de instrução particular Paulistinha CAP-4, cor amarela, caiu no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, próximo ao Aeroclube. Não houve vítimas, apenas danos materiais. Uma pane no motor teria provocado o acidente. No mesmo ano, em 14 de setembro, a queda de um avião monomotor de pequeno porte sobre o telhado de um galpão na rua Amador Bueno (Pina, Recife) deixou o piloto levemente ferido. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto sofreu ferimentos leves, recebeu atendimento no próprio local da queda e foi liberado.
Em 3 de abril de 2007, um acidente de ultraleve matou uma pessoa e deixou outra ferida na Praia de Cupe, vizinha a Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, na Região Metropolitana. O maestro carioca Williams Costa Pereira, 39 anos, foi lançado para fora da aeronave no momento da queda. Ele recebeu os primeiros-socorros no local de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos. O piloto Antônio Fernando Mousinho Neto, 29, ficou preso às ferragens, estava consciente e foi encaminhado ao Hospital Santa Joana, no Recife. Banhistas disseram que o motor parou de funcionar enquanto o aparelho ainda estava no ar. A polícia ainda não sabe o que motivou o desastre aéreo.
Em 2003, um Xavante da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu no Engenho Timbuaçu, em Escada, Mata Sul de Pernambuco, mas o piloto Carlos Renato de Lima Oliveira e o co-piloto Paulo Roberto de Carvalho tiveram apenas pequenos cortes e luxações, pois conseguiram ejetar da aeronave antes da queda. Pessoas que moram próximas ao local socorreram os tripulantes, que foram atendidos na própria cidade. Após os primeiros socorros, eles foram encaminhados para o hospital da Aeronáutica, no Recife. De acordo com o piloto e o co-piloto, ocorreu uma pequena explosão no avião, que começou a pegar fogo logo em seguida, batendo em um pequeno morro. O avião saiu da base aérea do Recife e estava fazendo um sobrevôo de teste quando os tripulantes perderam o controle da aeronave, que bateu contra um morro.
Em setembro de 2002, o avião bimotor onde estavam o então candidato a deputado estadual Raul Henry e mais cinco pessoas caiu ao decolar de Arcoverde, após sofrer uma pane num dos motores. O piloto tentou dar a volta para pousar novamente, mas o avião caiu sobre uma escola em construção. Após a retirada de todos os passageiros presos nas ferragens, o avião explodiu. Todos sofreram queimaduras pelo corpo e foram socorridas emergencialmente no Hospital Memorial de Arcoverde. Depois, transferiram-se para Recife. Raul Henry fraturou clavícula e levou uma pancada no olho direito, ficando com um edema.
Fonte: JORNAL DO COMMERCIO / NOTIMP